quarta-feira, 10 de fevereiro de 2016

OPINIÃO POR BORIS FELDMAN


Você para no posto para abastecer e o frentista todo atencioso abre o capô para verificar os níveis de água, óleo e fluidos. E completa também os reservatórios de água com xampu para lavar o para brisa e outros vidros. Quando chega a vez do reservatório de expansão do líquido do radiador, percebe que o nível está baixo e argumenta que precisa ser completado.
Você concorda e diz que ele pode colocar mais água. Ele retruca que não se completa apenas com água, mas com um líquido especial para o sistema de refrigeração, constituído de água e aditivo, na base do 50/50. Proporção que pode variar ligeiramente entre os diversos automóveis.
Você acha que o frentista está querendo te enganar e faturar desnecessariamente, pois você sempre completou o nível do radiador com água.
Mas o frentista tem razão e você está errado. Desde que se criou o radiador selado e seu líquido não é expelido para a rua, mas para o reservatório de expansão, a água recebe um aditivo especial à base de etilenoglicol. Que tem duas finalidades: subir o ponto de ebulição da água, tornando mais difícil ela ferver quando sobe muito a temperatura, e evitar a oxidação das partes internas do sistema de refrigeração. Manter todos os componentes livres de ferrugem.
É claro que, numa emergência, pode-se completar só com água. Mas se o motorista insistir nesse quebra-galho, vai chegar um momento em que a proporção do etilenoglicol será tão reduzida que já não terá nenhuma funcionalidade.
Este líquido constituído de água e aditivo já vem formulado na proporção correta determinada pelo fabricante do automóvel. E comercializado em frascos em postos, autopeças e concessionárias.
Mas o etileno glicol pode também ser adquirido separadamente e o motorista preparar ele mesmo o líquido para completar no reservatório.

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