quinta-feira, 28 de maio de 2015

DE CARRO POR AÍ COM O NASSER



Coluna 2215            27.maio.2015                      edita@rnasser.com.br





Sedã esportivo, o Mercedes C AMG 63

Pode-se dizer, o Mercedes-AMG C 63 S, é o melhor dos mundos ao combinar 

características aparentemente inconciliáveis e distantes: habilidades receptivas 

de sedã em três volumes, e a determinação dinâmica de esportivos sérios. Para 

entender, decupando, Mercedes fabrica a casca básica de sua família Classe C, 

o degrau inicial de quem gosta de tração traseira; AMG, empresa associada, 

desenvolvedora da mecânica forte e performática, por uso de porcas, parafusos 

e metais corretos, mais enorme parafernália eletrônica; 63 indica o motor V8, 

4.000 cm3, 510 cv, dois turbos alojados no vale entre os cabeçotes. O S aponta 

coisa superior. Na prática um sedã e suas habilidades, com o rendimento de 

esportivo: 0 a 100 km/h em 4s e velocidade final cortada a 290 km/h. É o novo 

motor top da Mercedes, criado a partir de uma folha – ou uma tela em branco 

para conter cilindrada, reduzir peso, consumo, emissões e obter elevada 

potência. O 63 indicado vem daí, com rendimento assemelhado ao antigo motor 

top da marca, o V12 com 6,3 litros de cilindrada.

Como é

Muito alumínio, pirotecnia em aços nobres, puros, mesclados, estampados a frio 

ou a quente, dependendo do local de aplicação, e muita eletrônica para tornar 

condução segura a pessoas comuns. Amplos detalhes: injeção piezelétrica 

forma a mistura ar combustível e injeção por aspersão; segundo radiador na 

caixa de roda para resfriar o calor gerado pela produção tantos cavalos de 

força. Muitos itens mais, entretanto o gestor de capital apto a desembolsar uns 

R$ 536 mil – equivalendo a US$ 210 mil – pelo mercediano dólar cotado a 

USD$1 = R$ 2,6, não terá paciência para listar todos os detalhes, ou medir o 

retorno performático ao investimento. Quererá estar no Mercedes C, apto a 

igualar ou superar suas demandas em acelerar, curvar, frear. E sentir a 

ambiência, como o som do motor, dependendo do modo de transmissão. Na 

parte conforto, coxins dinâmicos para o motor, novidade vinda do esportivo 

AMG-GT. Eles mudam a rigidez dependendo das condições de rodagem e do 

estilo de condução. Gostará disto e de ter sob controle o motor com assinatura 

autoral do engenheiro montador.

Presa ao motor, transmissão esportiva Speedshift, com sete velocidades. Nos 

modos "Sport +" e "Race", é mais rápida, e permite 4 modos de condução 

"Comfort", "Sport", "Sport +" e "Race", definindo o momento da troca das 

marchas, se o motorista está afim de transporte confortável, ou se vai pedir 

brio à cavalada. Na parte inferior, outra mudança é a regulagem da suspensão 

rica em alumínio, três níveis.

Os modos de transmissão definem o momento de troca das marchas, e as 

características de dirigibilidade do veículo. O conjunto ainda bonifica os adeptos 

do Green Lamp Grand Prix – a arrancada na luz verde -, ou sair da cabine de 

pedágio. Nesta hora, chamado à função Race Start, por si só aumenta as 

rotações da marcha lenta, à espera do motorista aliviar o pé esquerdo do pedal 

do freio, e apertar o acelerador com vontade, praticando arrancada para louvar-

se e impressionar olhos e ouvidos alheios. Pé esquerdo no freio? Sim, apesar da 

opinião contrária de alguns instrutores de autoescolas, certo é usá-lo para frear 

e o direito para acelerar.

Na complementação do pacote, freios de competição, amortecedores com 

ingerência eletrônica, e bloqueio no diferencial, impedindo o patinar das rodas 

em aro 19”. Pneus diferem: 245/35 frontais e 265/35 atrás.

Versão superior da família C se identifica por caixas de rodas, aplicação de 

bitolas maiores, capô em alumínio, em desenho para sugerir dinamismo. 

Dentro, cuidados como couro natural.

Enfim, um pacote amplo em conteúdo e apto a conferir dupla personalidade.

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Exibindo Foto Legenda 01 coluna 2215 - Mercedes c 63 amg.jpg

Mercedes C 63. Sedã com comportamento esportivo

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Mais Golf, agora o Variant

Volkswagen estudou vendas e mercado, descobrindo-se como única não 

participante do segmento utilitários esportivos, sport athletic vehicles e que-

tais. E constatado ter dormido no ponto, sem investir em produto com tal 

morfologia, ora tão demandada no Brasil, e resolver capitalizar para si como a 

única marca oferecendo um station, um camioneta, perua no dizer paulista.

A disponibilidade da fábrica mexicana de Pueblo, onde faz o Golf a nós 

exportado juntou o apetite à vontade de comer.

Motor 1.4 TSI do Golf, quatro cilindros, todo o exterior em alumínio, 140 cv, 

injeção direta de gasolina, 16 válvulas, comandos variáveis e turbo alimentador. 

Tem formidável torque de 25,5 mkgf, a partir de 1.500 rpm. Transmissão DSG 

com duas embreagens, e sete velocidades.

Peso não atrapalha? O raciocínio lógico do sobrepeso da carroceria de 

station relativamente à do sedã, procede, mas os dados físicos discrepam. Pesa 

mais 119 kg, entretanto permite acelerar de 0 a 100 km/h em 9,5s – contra 

8,5s para o Golf. Velocidade final levemente reduzida: reais 205 km/h – Golf 

mais 7 km. É agradável, muito, de conduzi-lo, harmônico à proposta de veículo 

familiar. Tal aplicação agregou o sistema Multicollision Brake, pensante 

adjutório eletrônico, agindo, se o caso, como o motorista. Ele afere velocidade 

do carro ou obstáculo à frente e, em caso de lentidão ou omissão do condutor, 

freia por si só. No pacote segurança, sete almofadas de ar, controles de tração 

e estabilidade, e na parte conforto, ar condicionado com difusor traseiro, 

sensores de estacionamento à frente e atrás, tela multimídia sensível ao toque, 

assistente de partida em rampa.

Duas versões e meia dúzia de sub versões. Do básico Comfortline – com todos 

equipamentos listados -, e os das versões Highline, superiores.

Preços abrem em RS$ 87.490, pintura básica. Primeiro nível de opções, pacote 

Elegance, a R$ 4.500, inclui volante com funções e as pequenas aletas para 

troca de marchas, controle de velocidade de cruzeiro, pacote de iluminação e as 

rodas de liga leve passam a 17”. Já fica por R$ 93 mil. Está de bom tamanho.

Se a fim de incremento, conta acelera: sistema de Infotainment, R$ 3.390; 

pintura perolizada outros R$ 1.700; teto solar, R$ 5.300. Já bateu nos R$ 100 

mil – e pode aumentar.

VW entende vender neste ano, entre 2.000 e 2.500 unidades – parece razoável 

pela enorme rede de revendedores, significa entre 03 e 04 unidades/revenda/ 

mês – nada impossível pela construção, composição e exclusividade. O 

termômetro de aceitação indicará sua produção – ou não no Brasil -, 

complementando a linha industrial do Golf em São José dos Pinhais a ser 

produzido no segundo semestre.

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Exibindo Foto Legenda 02 coluna 2215 - Golf Variant.jpg

Golf Variant

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Novidades, o Kwid e o Aegea

Renault e Fiat – de fora do país -, mostraram os futuros produtos nacionais. 

Renault, o Kwid – quid em latim, significa o que -, substituto do cansado Clio. 

Apresentado na Índia, será o produto de entrada na marca para o hemisfério 

sul: menos de 4m de comprimento e a boa novidade da troca de motores, por 

gerações atualizadas, incluindo novo engenho 1.0 de três cilindros e turbo. 

Clientes atentos indagarão se o erro básico do Toyota Étios, adotar um carro 

indiano como base ao produto nacional, irá poupá-los no caso do Kwid da má 

adaptação do sistema de direção original à direita, levado para a esquerda.

Novidade Fiat é o sempre comentado substituto da linha Linea/Bravo. No caso, 

utiliza a mesma plataforma do Jeep Renegade e próximo picape, e é tratado 

como Aegea – nome latino designador do mar entre a Grécia e a Turquia, o 

Egeu. Foi apresentado para produção na Turquia e vendas em novembro. 

Família terá station e hatch – sav, não. Quem cumpre esta função é o Fiat 500X 

e o Renegade. Pelo fato de tal plataforma construída em Pe, sopra a 

possibilidade de sua produção no país.

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Exibindo Foto Legenda 03 coluna 2215 - Fiat Aegea  .jpg

Fiat Aegea

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Roda-a-Roda

Defeito – Departamento de Justiça dos EUA definiu, houve crime e maus 

procedimentos de re call por ex-empregados na GM com relação aos defeitos 

nos cilindros de ignição, responsáveis por desligar os veículos da marca e 

anular equipamentos de segurança.

Caminho - GM, instada, havia criado fundo para indenizações, projetando 

terem sido 13 mortos. Investigações mostraram foram, até agora, 104. 

Empresa deve fazer um acordo de indenização global superior aos US$ 1,2B 

pagos pela Toyota pelo defeito de súbita aceleração de seus produtos.

Piscou – Sete anos de pressão pelo órgão estadunidense de segurança 

viária, o NHTSA, e a Takata Corp, fabricante de bolsas de ar, reconheceu, 

ao menos 34 milhões destes equipamentos contém defeito de fábrica.

Danos - Em acidente eles se rompiam e os usuários eram arremessados 

contra as partes duras dos veículos. Takata negava responsabilidade. 

Questão lembrava os Toyota acelerando por conta própria: havia o evento, 

mas desconheciam-se as causas. Mas começa com monumental re call.

Recomeço - Dia 24 Alfa Romeo anunciará seus planos para o futuro, incluindo 

novos produtos, e volta à tração traseira. Na festa de 105 anos da marca, para 

mostrar o projeto como iniciativa séria, reabrirá o Museu em Arese, fechado e 

criticado ante a notícia da venda do acervo para fazer recursos.

Patamar - Novo produto, em protótipo chamado Giulia, será sedã concorrente 

com Mercedes Classe C, BMW series 3, novo Jaguar XF e Audi A3. Com este 

alemão quer identificar-se, aprimorando produto, linha de produção e mão de 

obra.

Festa – Chinesa Lifan comemora dois anos de vendas do SAV 60, montado no 

Uruguai. Faz balanço e pela venda de quase 8 mil unidades, crê ter-se tornado 

referência como carro chinês; consequência de mudança comportamental no 

país, com o fim da fidelidade às marcas.

Surpresa – A visita de Li Kegiang, Primeiro Ministro da China ao Brasil foi o 

Parto da Montanha. Pelos rumores e tremores esperavam-se enormes  

surpresas, capazes de captar investimentos hoje impossíveis ao país.

Transporte – Aguardava-se assinatura para construir linha férrea ligando 

Atlântico ao Pacífico – não acontecida. Idem, nova fábrica de caminhões em 

Pouso Alegre, MG; ações para a liberação do empréstimo baiano para a chinesa 

JAC; e anúncio de atividade industrial conjunta entre chinesas Chery e Lifan.

Produto – Prática resumiu-se à criação de Polo Industrial em Jacareí, SP, onde 

está a Chery. 25 empresas instaladas, US$ 700M em investimentos. Doze 

produtoras de auto peças, cinco afiliadas, duas sistemistas.

Martelo – Volkswagen decidiu: o up! com motor 1.0 turbo chamar-se-á 1.0 

TSI, nada de GT ou RS ou TS como imaginado. Segundo semestre e com jeito 

de ser a coisa mais divertida do mercado.

Festão – Mercedes promoveu festa dinâmica no belo e correto autódromo Velo 

Cittá, em Mogi Guaçu, SP. Levou família AMG, fez seriadas apresentações à 

imprensa, vendedores dos concessionários, e arrematou com um Ladies 

Day mesclando apresentação dos produtos, aula de direção.

Razão - Público feminino maior componente decisório, foi chamado para 

entender os muitos algo mais dos AMG.

Oportunidade – Na arrancada capitaneada pela Anfavea, a associação dos  

fabricantes de automóveis, buscando seduzir os 240 mil detentores de carta de  

crédito em consórcio, a materializar a conta, Mercedes oferece caminhões a  

preço de fábrica, até 15 de junho, assim como semi novos.

Caminho – Nissan, mais recente das montadoras, aderiu cautelosamente: 

descontos entre R$ 500 e R$ 1.000 ao cliente trocando a carta de crédito por 

New March, Versa, Sentra ou picape. Deixou a dúvida: R$ 500 ou R$ 1.000 

fazem cliente decidir? Outras marcas não oferecem mais? Tais quantias em 

relação ao preço de um picape não é uma merreca?

Promoção – Mitsubishi instiga nova campanha “Pajero. One million views. One 

car”. Até 18 de junho internautas deverão postar fotos pelo Instagram 

respondendo à questão: o que você gostaria de ver da janela do seu Pajero ?

Recompensa - Autor da melhor foto poderá focar outras: Mitsubishi cederá 

Pajero para viagem à Cordilheira dos Andes e Desertos Argentino. 

Mais?               www.pajeroviews.com.br.

História – 25 de maio finalizou produção do automóvel mais importante do 

mundo, o Ford Modelo T. No 1927 Henry Ford e seu filho Edsel conduziram a 

unidade 15M para fora da fábrica – a produção continuou  até acabar o estoque 

de peças para cada umas montadoras espalhadas mundo a fora.

Fórmula - Era desengonçado em sua peculiar transmissão, duas marchas 

trocadas pelos pedais; ignição atrapalhada por comutador, vibradores e 

bobinas, mas motorizou o homem e a América. Vendia, sozinho, até 1925, 2/3 

da produção estadunidense. Preço decrescia pela economia de escala, e chegou 

a US$ 290 – uns atuais US$ 15 mil.

Em torno – Motorizou a América, criou gerações de compradores e o mercado 

de venda dos usados – era melhor vender o carro de pneus carecas e comprar 

um novo -, fazendo daí monumental disponibilidade para carros de corridas.

Tempo – O pesado bloco em ferro – primeiro fundido com cilindros 

incorporados –, deslocava quase 3.000 cm3 e produzia 20 hp a 1.400 rpm.

Criou o Fordismo como filosofia de construção, implantou a linha de montagem, 

e bateu recorde nunca igualado no monumental processo vertical da Ford. Em 

quatro dias o minério de ferro extraído das minas da companhia, se 

transformava em automóvel funcionando, colocado em prancha ferroviária – e 

faturado à rede! Tipo da pedra ao dólar em 96 horas.

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04: Ford T, deu mobilidade ao mundo, acabou há  88 ANOS.
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Gente - Cledorvino Belini, 65, paulistano, presidente da Fiat Chrysler 

Automobiles (FCA) América Latina, prêmio. OOOO Executivo de Valor, o 

melhor gestor no setor de veículos e peças. OOOO Escolha do jornal 

Valor Econômico. OOOO Antonino Labate, italiano, executivo, mudança. OOOO 

Á hora de se aposentar após 30 anos em Fiat e Abarth, mudou para a 

Ducati. OOOO Tomará conta operação Brasill. OOOO Ducati, de motos, é 

marca Volkswagen. OOOO

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