quarta-feira, 26 de março de 2014

BICICLETA OU MOTO? BY JLV



A China e as bicicletas motorizadas
A China tem hoje mais de 100 fabricantes de veículos motorizados e mais de 130 megacidades (acima de um milhão de habitantes). O país está passando pela maior urbanização da História, com 40 mil pessoas mudando do ambiente rural para urbano a cada dia e fazendo com que os urbanistas tenham de ampliar seus mapas a cada seis meses. 

Várias cidades chinesas já proíbem o uso de motocicletas ou mesmo bicicletas motorizadas – um problemão, já que esses veículos são basicamente usados por trabalhadores para ir de casa para o trabalho e retorno. A razão disso é a quantidade de gases poluentes, que chega a praticamente eliminar a visibilidade acima dos 20 metros nas grandes cidades. A velocidade máxima permitida varia de 20 a 30 km/h.

A solução, claro, é apelar às bicicletas elétricas. Mas há problemas: por lei a velocidade máxima das bicicletas motorizadas é de 25 km/h (Europa) e a maioria dos acidentes, principalmente atropelamentos, tem como principal razão sua falta de ruído. 

A Qoros, 50% de propriedade da gigantesca Chery, desenvolveu a bicicleta elétrica eBIQE. Para garantir sua sobrevivência e imagem, toda sua estrutura gerencial é composta por executivos vindos da Volkswagen, BMW e outras grandes firmas automotivas. Todas as fornecedoras de peças e componentes são do porte de Bosch, Continental, Delphi, Lear, Magna Steyr e TRW. Qualidade e desempenho dinâmico garantidos.

A companhia resolveu diferenciar seus produtos usando sua sociedade com a Microsoft e sua plataforma nuvem Windows Azure para criar uma série de opções de conectividade altamente avançadas para seus clientes – daí o nome de QorosCloud. Em tempo real, ela fornece informações sobre acidentes e incidentes, problemas de tráfego e expectativas de tempo de saída e chegada de deslocamentos.
A bicicleta-conceito (talvez fosse melhor dizer moto-conceito) foi desenvolvida conjuntamente pela Qoros e pela Greyp Bikes, com design do croata Adriano Mudri baseado na caríssima Greyp G-12e (décimo segundo design elétrico) de 6.500 euros (cerca de R$ 21.500,00); faz 65 km/h, é construída na mesma fábrica croata e sua velocidade mais alta é permitida fora dos centros urbanos.

O diretor de design da Qoros, Gert Hildebrand, diz que “Desenhamos o eBIQE Conceito para uso por nossos clientes metropolitanos, baseados em nossos princípios filosóficos – desenho simples e elegante, tecnologia de ponta e tornar a vida de nossos clientes mais fácil e agradável.”

A bicicleta é conectada como se fosse um automóvel moderno, com o mesmo nível de funcionalidade, conveniência e serviços de rede sociais. A eBIQE tem conexão 3G permanente, com navegação por tela de toque, informações topográficas e mapas por satélite, sincronizados com o smartphone, tablet ou computador do ciclista. Para a possibilidade de uso por até 40 pessoas, as digitais das pessoas autorizadas estão armazenadas na tela, tornando-a um veículo ideal para trabalho de escritório. 

O ciclista pode escolher um de três modos de uso: pedal sem assistência, pedal com assistência do motor elétrico, ou só com o motor. Quando usando motor sem pedal, há o modo Street (rua, máxima de 25 km/h, que em alguns países é obrigatória licença de motociclista), o modo Eco para maior eficiência energética (mínimo consumo) e o modo Power para maior potência e aceleração (60 Nm de torque, zero a 25 km/h em dois segundos e máxima de 65 km/h). Recarga total em 80 minutos em rede doméstica. 


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