quinta-feira, 11 de abril de 2013

DE CARRO POR AÍ COM O NASSER





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Coluna 1513  10.Abril.2013




Tudo novo no Kia Cerato
Um novo carro, mais espaçoso internamente, melhor equipado em conteúdo de confortos e segurança, design atrativo a compradores jovens em idade e espírito, o Kia Sorento começa a ser vendido. Engenharia econômica para passar pela barreira dos 35% de impostos, mais 30 pontos percentuais sobre o IPI, fazendo cascata com os múltiplos penduricalhos tributários, e preços de R$ 67.400 para a versão mecânica, e R$ 72 mil do automático, ambas 6 velocidades.
Previsões otimistas, vender 5.000 unidades neste ano. Ano anterior, mesclando com estoque e impostos antigos, vendeu quase 7.200 veículos. A Kia não está inscrita no programa Inovar-Auto do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior e, por isto, é penalizada.
A rede da Kia tem hoje 152 pontos de venda.
Produto
Atualmente há um nome mágico em design e sua influência comercial. O do austríaco Peter Schreyer, contratado como designer chefe da Kia e, pelo traço de individualização, harmonia de linhas, conforto de uso, adequação industrial, auxiliou as vendas da marca e tal resultado o guindou à presidência da Kia Motors Corporation, caso inédito na história do automóvel.
A 3a. geração do Cerato, é voltada ao conforto e bons resultados de uso: maior – 4,56m; mais baixo – 1,44m; mais largo – 1,78m e 2,70m de distância entre eixos -  que a versão anterior. O design sugere agilidade e se adiciona à linha de esforços e aperfeiçoamentos para melhor processo construtivo, aprimoramento no motor 1.6, gerando 122 cv a gasálcool e 128 cv com etanol, câmbio de seis velocidades, para rendimento e redução de consumo. Na prática, diz entusiasmado o importador José Luiz Gandini,  “o pacote é mais rico que o encontrado nos concorrentes Chevrolet Cruze, Honda Civic, Hyundai Elantra, Toyota Corolla e VW Jetta.”  O Cerato é maior que todos os concorrentes.
Produto atualizado em segurança, conforto, ergonomia, comportamento dinâmico, começa uma nova era.
Há, atrás de cada definição, a incontida e determinada decisão da Hyundai/Kia em se tornar uma das cinco maiores do mundo.
Olhar técnico
Motor – quatro cilindros em linha, dianteiro, transversal, duplo comando com 16 válvulas, sistema CVVT – de aberturas variáveis, injeção indireta, eletrônica, sequencial, 122 cv e 128 cv a etanol, torque de 16 e 16,5 kgmf respectivamente a gasálcool e etanol.
Transmissão – Tração dianteira, 6 velocidades mecânicas e automáticas, ambas com 5a. e 6a. multiplicadas.
Suspensão – Frontal Mc Pherson, traseira eixo de torção. Amortecedores a gás.
Direção – Assistência elétrica.
Freios – Disco ventilados à frente, sólidos atrás.
Rodas e pneus – liga leve, tala 6,5”, aro 16”. 205/60R16.
Bitolas – D 1.555mm; T 1.568mm.
Porta malas - 421 litros.
Tanque – 50 litros.
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Kia Cerato
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Segunda marca, uma tendência. Na Nissan, Datsun
Há alguns anos grandes montadoras entenderam ter segunda marca para separar-se da principal, tanto para veículos melhores e mais refinados em engenharia, equipamentos, quanto ao contrário, modelos com economia de construção e equipamentos, vendidos a preço menor. Por exemplo, Lexus e Infinity são as marcas de luxo da Toyota e da Nissan.
No extremo oposto, há anos a Renault comprou a romena Dacia, montadora sob licença do R 12, irmão do Corcel, e resolveu criar produtos mais resistentes e baratos utilizando a marca, associada a produtos rústicos. Sobre plataforma antiga e resistente, conteve-se em projeto e construção, e criou o Logan, bom e barato. Dele derivaram Sandero, Duster e, na Europa, o Lodgy. A fórmula funciona ao atingir o comprador do carro usado.
A Nissan, japonesa aliançada com a Renault, quer fazer a mesma coisa e, radical, vai ao extremo. Buscou sua marca Datsun, sucesso durante anos nos EUA, maior mercado do mundo, especialmente pela imagem do esportivo Z. Como plataforma pinçou a empregada no Kalina, um russo Lada.
O Novo Kalina, a ser lançado ainda neste ano, é o primeiro produto totalmente desenvolvido sob ordens da Renault, agora controladora da AutoVaz, fabricante dos Lada. Serão inicialmente dois produtos, hatchsedan, e em 2014 station wagon com opção de sete lugares. A linha Kalina a ser substituída tem base GM Opel, do Corsa primeira geração.
A marca estreia na Índia neste ano, na Indonésia em 2014 e Malásia em 2015, todos mercados em desenvolvimento e com baixa motorização. Aqui, viabilizados acordos comerciais com o bloco asiático, tem chances.
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Desenho do Datsun sobre o novo Lada Kalina. Breve aqui ?
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Roda-a-Roda

Conjuntura – Para aumentar vendas a Fiat fez o inimaginado pelos cinco irmãos Maserati, iniciadores da saga esportiva: colocou motor turbo diesel VM 3.0, o mesmo do Grand Cherokee, em sua versão Ghibli, esportivada a partir do Quattoporte. Transmissão com 8 velocidades e opção de tração total.

Foco - 50% das vendas de automóveis na Europa é de diesel e tal cultura migra aos EUA. Foca o futuro no mais ambicioso plano de crescimento já tocado por uma montadora. Na específica marca a Fiat quer fazer as vendas da Maserati crescer de 6.288 em 2012 para 50.000 até 2016.
Mais – Qual o veículo mais vendido no mercado norte-americano ? Não é automóvel. Há décadas os picapes Ford. E, como extremamente rentáveis, as montadoras estadunidenses, incluindo Toyota e Honda, aplicam-se ao negócio. A Ford lidera, com quase o dobro de vendas sobre a GM Silverado. Outras marcas a seguem.
Mais do mais – A Ford mostrou detalhes de seu novo F 150 Raptor, emagrecido quase 10% em peso, expondo o momento de recuperação do mercado e novas condicionantes, controle de consumo e emissões. Fez revolução interna focando nos motores turbo, os EcoBooster, menores cilindrada, peso, emissões, consumo. A mudança preservou-a na crise de 2009.
Nem tanto –  Para aproveitar o evento, a GM divulgou, sua a próxima geração de picapes grandes manterá os motores V8, porém 5% mais econômicos e menos poluentes que os V6 EcoBoost da Ford.
Crise ? Vendas da Porsche na América Latina aumentaram 35% entre o primeiro trimestre de 2012 e 2013. Restante do mundo, cresceu 21%. Na região o Brasil é o maior mercado.
Novela – A venda, ou não, da Alfa Romeo à Audi, incluindo a fábrica de Pomigliano d’Arco, Nápoles, ganhou dois capítulos. Especialistas da Audi e da fábrica Fiat na Sérvia visitaram as instalações.
Caminhos – Os alemães para ver o que, o como se faz ali, e se são capazes de se entender com os italianos do Sul. Os da Sérvia, especular se conseguem absorver a produção do novo Panda ali produzido.
Mais – Lá, nesta semana a Fiat fez votação entre sindicatos e operários, de novas regras para aumentar produtividade, de seis para dezoito turnos semanais, refeições ao fim do turno e por meia hora... Pomigliano tem quase seis mil funcionários e faz 35.000 Pandas. A Sérvia, 6.000 e faz 180.000. O negócio trabalhista está numa encruzilhada: quer trabalhar ou ver a fábrica fechar ?
Silêncio – A Hyundai não se pronunciou publicamente sobre a má colocação, indicando perigo, obtida por seu modelo HB20 nos testes de impacto da LatinNCap, por ter aplicado cadeirinhas baratas, letais para crianças em caso de impacto.
De cara - Posição lembra a Mercedes quando o antigo Classe A capotou em testes de imprensa e a marca preferiu fingir que não era com ela, e colocar a culpa no jornalista. Não resolveu e custou uma fortuna – e alguns empregos –, e equipar os carros com equipamentos capazes de corrigir o projeto - que nunca decolou.
Ford – É a única com três veículos incluídos no rol da segurança pelo LatiNCap – Novo EcoSport, Novo Fiesta e Fusion, indicando avanços de design e engenharia.
Curiosidade – Peugeot é dona da Citroën, mas de irmandade apenas industrial. No comércio, cada uma por si. O acerto do produto ao mercado e a sintonia de preços dão boas vendas à Citroën puxadas pelo Novo C3 e calçadas pela importada linha DS.
Previsão – Frédéric Chapuis, diretor de vendas, calcula vender medianamente 3.500 unidade/mês do novo C3. Se válido, mais que o novo Peugeot 308.
Recomeçar – Após fechar por 60 dias a fábrica em São José dos Pinhais, Pr, para inteira reformulação, por falta de estoque a Renault em março viu cair os números de participação, de 6,9% para 5,3%. Seria pior se os importados Clio e Fluence, e o furgão Master, feito à parte, não tivessem crescimento excepcional.
Adeus – A Volkswagen prepara a despedida da Kombi, um ícone. É o veículo mais antigo em produção no país – 56 anos; de pouca evolução; sua linha de fabricação é uma exceção industrial, uma viagem no tempo. Na consideração entre custo e o que oferece, e a falta de competidor, é confortavelmente lucrativa.
Lei – Fim será consequência da incapacidade técnico/econômica de receber, por imposição legal, freios com ABS – fácil para todos, e almofadas de ar –impossível para Kombi e Fiat Mille.
Sugestões – Circular interna pede a colaboradores opiniões sobre como deve ser a última série: decoração, cores, equipamentos, material de revestimento, referências especiais para marcar a efeméride.
Re posicionamento – A insólita condição brasileira de lançar produto novo e manter o antigo em produção, provocou a Ford a revisar o Fiesta com motor Rocam 2014, sucedido pelo novo Fiesta, produzido em São Bernardo, SP.
Assim – Resumiu as versões em S e SE, agregou equipamentos. Assim, hatch 1.0 completo – ar direção, trio elétrico, computador faróis de neblina, outros detalhes, eair bags e freios ABS sai a R$ 31 mil. Versão 1.6 a R$ 35 mil.
Segurança - Faz o dever de casa do Governo, INSS, Ministério do Trabalho, Denatran: fomentar itens de segurança para reduzir danos físicos, absenteísmo, ferimentos e mortes causadas pela ausência de equipamentos de segurança. Na prática air bags, o ABS e detalhes a mais custam apenas R$ 1 mil.
Questão $ – A Toyota contornou a repulsa inicial por seu produto Etios pelo método direto: baixou preço. Somado ao fato de a marca ter certa imagem de qualidade, de haver carros a pronta entrega, a redução amoleceu os compradores que esquecem a má construção interna.
Oficial – Cortou preços: R$ 1.500 no 1.3 de entrada, e R$ 2.900 no 1.5. Há interessante apelo comercial: entrada de 40%, e 48x de R$ 450 – dá, como enfatiza, R$ 15/dia.
Duas Rodas – Lançadas em novembro, entre importações e produção em Manaus, a Triumph revê projeções para vender 2.500 unidades/ano, expansão de 25%. Quer quase dobrar o número de operários em Manaus, iniciando produzir motos Daytona 675 e Street Triple. Resultado surpreende porque possuía apenas um revendedor. Agora, nomeou a Euro Bike, distribuidora BMW, para Porto Alegre, RS e Ribeirão Preto, SP. Até dezembro quer 12 lojas.


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 Motos Triumph. Mercado maior que projeção
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Consumidor – Ação de coragem. Com o mais elevado número de reclamações por serviço deficiente, cobranças indevidas, as telefônicas deram demonstração de poder perante o Legislativo: não atenderam ao convite para a Audiência Pública sobre estes problemas. São superiores. Espera-se troco educativo.

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