quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

ELÉTRICOS E HIPOMÓVEIS BY JLV


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Cavalos e carruagens versus carros elétricos 
Há mais de um século, o principal meio de transporte era a combinação cavalo e carroça. Um redator free-lancer da mais que centenária revista inglesa Autocar (que entre outras coisas inventou o teste jornalístico em 1895) teve a idéia de fazer um comparativo de tempo em viagens com esses dois veículos. 


Colin Goodwin, o redator, descobriu que uma das mais famosas viagens inglesas em 1880 era a que ligava Londres a Liverpool, um trecho nada desprezível de 350 quilômetros, que levava 24 horas sobre boas estradas, à média horária global de 15 km/h, com várias paradas para trocas de cavalos. A mesma viagem hoje pode ser feita em estradas pavimentadas em automóveis elétricos muito mais rápidos e confortáveis, cujas baterias precisam de ser recarregadas (ou mesmo trocadas – mas sai muito mais caro) no máximo a cada 120 km. 

O jornalista verificou que existem muitas semelhanças entre a potência de Lambert e Butler, o nome dos dois magníficos garanhões utilizados para tracionar a carruagem, e o Nissan Leaf, o carro elétrico mais vendido naquele país. 

Diz ele no excelente humor britânico que “Os dois são abastecidos pela dianteira (aveia e cenoura para um e um cabo que vai da frente do Leaf a um soquete doméstico ou a um ponto especial de recarga para o outro). Ambos exigem que você use ande de janelas abertas, sem ar-condicionado no verão e que use um casaco pesado no inverno, já que o elétrico tem melhor alcance sem aquecedor no inverno e sem ar-condicionado no verão. Ambos também exigem preparação meticulosa para recargas no caminho.

A conclusão de Goodwin: “A falta de progresso entre o século XIX e o XXI não deve ser considerada ruim: dirigir longas distâncias num carro elétrico pode trazer de volta a aventura e o romance nas viagens – coisas que a rodovia, o carro moderno e mesmo a aeronave a jato lhes tiraram. Uma viagem de Londres a Cornwall, parando para recarregar as baterias em estalagens, batendo papo com os eletricistas no caminho e saboreando tortas e misturas – talvez haja algo nisso tudo.”

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