segunda-feira, 9 de julho de 2012

PONTIAC LE MANS 1968

Sempre tive uma certa admiração por John DeLorean, o brilhante engenheiro americano que sohhava em alemão... influente tecnicamente na GM e na Pontiac pela maior parte dos anos 60, foi ele o pai do Pontiac OHC Six, que já foi tema aqui. Dono de Mercedes e capaz de perceber as sutis vantagens dos carros europeus, outro mundo, JDL  também desenvolveu uma enorme homenagem a Ettore Bugattti ao projetar as Wight Lug Wheels. as rodas de oito parafusos. No carro que apresentamos, e do qual vou falar um pouco mais adiante, as rodas são da segunda variação produzidas pela Kelsey Hayes, que as produziu em varias versões ligeiramente diferentes.
A ideia de JDL era ter um tambor de alumínio com uma cinta interna de aço para ser mais leve e refrigerar melhor. Esses eram tempos emocionantes em carros americanos: o Le Mans que mostramos aqui no esplendor de seus 70 mil km tem 370 CV e quatro tambores. É capaz de um zero a cem ao redor de sete segundos e não era o mais bravo da linha, o motor igual de 421 pol³ ou 7.019 cm³ mas  390 CV, comando e dupla carburação de quatro bocas cada um fazendo o milagre da multiplicação dos burros... 
Assim haviam vários carros americanos de todas as marcas: motores Godzilla e freios de Chevrolet 51, o velho 11 polegadas sempre ali, lutando para frear as duas toneladas usuais dos leviatãs dos final dos anos 60, capazes de bem mais de 200 km/h sem suar, mas não de frear a partir dessa velocidade: a 100 por hora o freio já tinha acabado, como me lembro bem do Galaxie 67 materno uma madrugada em que a casa quase caiu....
JDL então gerou a ideias de que o tambor podia ser aletado e sobressair para fora da roda, banhado amorosamente pela aliviadora corrente de ar, com o aro preso ao tambor por oito parafusos bem na beira do aro, como nas Bugatti 35 feitas até hoje na Pur Sang Argentina..
Mas a mágica de JDL não para aí, poisos Ponchos dos anos 60 sempre tiveram as melhores suspensões da Casa do General, mais firmes e sem comportamento marítimo como seus outros irmão gordinhos.
O carro mostrado aqui é um raríssimo modelo 1968, o ultimo comas tais rodas fashion e equipado com um conjunto mecânico muito incomum, um V8 convencional de 7.020 cm³ acoplado a uma caixa manual de quatro marchas,uma opção sempre disponível nesses anos tão diferentes, mas pouquíssimo escolhida pelos rednecks que compravam Pontiacs. Aliás, preste atenção em como esse carro parece uma boneca de shorwroom, com TODOS os opcionais da época, como ar com controle eletrônico de temperatura, direção hidráulica e volante esporte( lindo! ), bancos individuais, , radio AM/FM Stereo, trio elétrico e interior em couro. O dono diz que teve um deles nos anos 70 na faculdade e sempre quis um de volta. 
Achou um 1968 automático marromeno de uma velha há alguns anos e rodou com ele por outros anos até que resolveu restaura-lo. Foi quando batendo e ebay achou esse carro, um de 315 MANUAIS COM 421 fabricados em 1968 e o comprou . Agora tem dois.... Em suas proprias palavras o carro é perfeito, mas tem horas que assusta um pouco, quando o poderoso V8 mostra seus 370 cavalos acelerando através da caixa manual, que não o amordaçam. E as rodas funcionam muito bem sendo duas vezes melhores que os freios dos outros americanos de seu tempo...

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