terça-feira, 22 de maio de 2012

RAID DA MANTIQUEIRA: FINAL

A CORVETTE VENCEDORA DE EMILIO LOSADA

O máximo de prazer que se pode ter vestido.... essa foi a frase que caracterizou o Raid Da Mantiqueira, uma explosão rodante de alegria na ferrugem, na tradição do automóvel e no espírito competitivo saudável. Foram poucos 250 km de Rally de regularidade desenvolvidos entre as belas cidades do Sul de Minas, onde  tenho raízes fortes, pois muita gente da família é de lá. Entre essas montanhas passei muitos momentos bons na adolescência. Estradas que conheci ainda de terra, cidades carregadas de lembranças, o ]Raid foi pra mim uma jornada sentimental minha juventude. Parece que foi ontem...
A DIVERSIDADE: LASALLE E TRABBI
Mas a melhor descrição do que é fazer Rally de Clássicos foi dada pelo intenso Hervê Salmon, vitima inquebrantável da maldição de Joe Lucas, the Prince of Darkness. Seu Austin Healey, belíssimo por sinal, fritou o dínamo na estrada gritando no more! No more charge! Pois o indômito Salmon botou o Austin em cima de uma prancha e veio até Pouso Alto, onde fica o castelo do Batão Carlos Andre, o Castelão da Mantiqueira. 
O MALZONI DKW DE BALDER/CRISPIM
Ali descobriu uma relativa escassez de peças Lucas na cidade só porque era sábado de manhã, mas não se abateu. Juntou-se ao Hemmel, dono do magnífico Jaguar XJ6 Series 1, de cambio manual, e fez o Rally inteiro dizendo que 30% do prazer é dirigir seu carro antigo, mais 30 curtir a paisagem e os  30 finais fazer parte da muvuca rodante que sempre um Rally desses. Quem já fez que o diga.
A DUETTO DO NATALI
O percurso ideado pelo inoxidável par que foi o espírito do Raid, Fernando e seu filho Rodrigo, ambos Gonçalves, foi completado pelo Mestre Ralizeiro José Rodrix Oktavius, a alma de tantos Rallyes nacionais e internacionais que tivemos por aqui, para conceber um momento poético de exaltação ao uso do carro antigo em movimento, a mais pura expressão do AUTO MÓVEL e não auto fixo em uma garagem na sombra do olvido automotivo. 
BMW 2002 BAUR CABRIOLET DE SERGIO MASSA
Talvez pela rica personalidade dos organizadores houvesse uma incrível diversidade de veículos no Raid, que iam desde os 600 cm³ do Trabant da dupla liderada pelo lídimo representante do Automóvel Clube Soviético, Flavius Gomov e seu fiel cambono de extensas aventuras rodOviárias, o hábil jornalista de origem Malaia Jason Foguel, o primeiro a saber das ultimas. O pequeno e bravo Trabbi com seus 29 CV chegou em 10º lugar na gerale PRIMEIRO na classe de modernos. Contrastando com o Jaguar EType do Gilbert e Rachel Landsberg, capaz de 240 KM/H. e a vasta e veloz La Salle doBravo Muricy e seu famoso estilo de tocada baseado em um trem fantasma: damn the torpedoes, full steam ahead!
CHEVROLET CAMARO DE PAULO MONNERAT
O carro mais veloz do Raid foi sem duvida o BMW 328 E36 Wagon do Sr. Aranha, que o usa para supermarket runs de final... Montrou um estilo inimitável de derrapar nos Primes de velocidade pura em Lambari e perto de Caxambu...
Mas um rally de velocidade não se decide em primes, que inclusive não contavam para a classificação final, só os trechos de regularidade. Neles triunfou a Corvette 75 v8 Small Block 350/350 de Emilio Losada, um cara gente fina que toca muito bem e quase zerou os trechos controlados.
O E TYPE DOS LANDSBERG
Mas a diversidade continuava com o MGA de Max Acrilico, o DKW Hot Rod de Niltinho( Ganhou o troféu Matusalém por ser o mais antigo piloto presente: Correu na inauguração de Interlagos em 1941...). Mas a grande presença foi de Jan Balder e Crispim, o lendário mecânico de Jorge Lettry, que aliás foi lembrado pela semelhança física com o Hemmel do XJ6 e me deu um susto quando o vi pela primeira vez... Balder e Crispim correram no não menos lendário Malzoni de corrida de sua vitória nas Mil Milhas de 1965, pertencente ao nobre castelão Carlos André e seu Hotel Serraverde. Lar durante três noites da comunidade ralizeira obsoleta.
O PUMA DO LOMBA E O DKW DO NILTINHO, O SEM LIMITES...
Um capitulo à parte foi a participação do impensável e impagável Paulo Lomba com seu Puma Rally 1975, como sempre sendo um dos motores da alegria do Raid, tanto que teve um troféu denominado em seu nome mas que , a contragosto, teve que entregar para Fernando Monnerat, que correu em um belo Camaro 73 V8 350 manual, embora no resultado final distribuído hoje o vencedor tenha sido o Sr Tutti Frutti, curioso apodo de um conhecido aracnídeo... A Brigada Partigiana de Alfa Romeo compareceu rpresentada por seu líder máximo, Il Capo W. Natali com uma Duetto 1750 impecável, que só justificou o nome de mulher emm um carro italiano ao dar umas falhadas de velas rapidamente consertadas por Ricardo Santos, um homem hábil: afinal corre de Jaguar Mk II 3,4, aliás lindo!
O JAG MK II DO RICARDO SANTOS
O percurso foi de Caxambu a Baependi, Cambuquira, Conceição do Rio Verde, Lambari, onde houve um almoço digno de clube inglês de Rally à beira do Lago em frente ao Cassino. Depois fomos a Carmo de Minas, onde diz-se que há o melhor café do país e de volta ao Parque das águas de Caxambu, já com o Sol se pondo depois de um dia perfeito para Rally, com céu azul e temperatura amena de começo de Inverno.
MGA DE MAX ACRÍSIO
As estradas estão perfeitas, resultado de uma campanha do Governo de Minas. A Buraco Nunca M ais, e o final do Rally foi, como sempre, coroado pela controvérsia a respeito da premiação, com muita gente reclamando. Afinal, final de rally sem discussão não é Rally... Amanhã tem muito mais fotos! Não perca!
O LINDO XJ6 4,2 SERIES I


Um comentário:

HIPERFANAUTO disse...

Parabens, muito boa matéria e belas fotos.
Sem saudosismo, mas Raid tem tudo de elegância e máquinas clássicas de tirar o folego.
Estou no aguardo do próximo capítulo.

Abs