quinta-feira, 12 de abril de 2012

DE CARRO POR AÍ CO O NASSER





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Coluna 1512 11.abril.2012

Segurança, atração do Palio 2013

A linha 2013 entrou em vendas, enriquecida por versões, em especial pela incorporação de itens de segurança. As versões Attractive 1.4, Essence 1.6 16V e Essence Dualogic 1.6 16V portam o dito kit HSD – High Safety Drive: duas almofadas de ar frontais, freios com ABS e gestor eletrônico EBD.
Bem acertado, espaçoso, condução agradável, tem seis versões.
Versão                                                 R$
Attractive 1.0 31.290
Attractive 1.4 35.590
Essence 1.6 16V 39.350
Essence Dualogic 1.6 16V 41.880
Sporting 1.6 16V 41.310
Sporting Dualogic 1.6 16V 43.830


Mitsubishi muda e fará o ASX
Sempre com a bandeira do utilitário com tração nas 4 rodas, a MMCB, montadora nacional dos produtos Mitsubishi confirmou sua mudança de postura ao nacionalizar o ASX, monovolume com tração dianteira a partir do próximo ano. No mesmo projeto de ampliação física da fábrica em Catalão, Go, está a produção em 2014 do sedã Lancer.

Foi-se Butzi, pai do Porche 911
Ferdinand Alexander Porsche faleceu aos 76 anos, neto do homônimo, filho mais velho do fundador Ferry Porsche, e autor do estilo de modelos como o 911, o protótipo de competição 904 e o monoposto 804 de Fórmula 1. Doktor para muitos, FA para poucos e Butzi para os da intimidade com reverência, era bom de serviço, além dos automóveis criou empresa de desenho industrial, a Porsche Design, onde deu rédea solta à sua capacidade inventiva, definindo o DNA da cultura Porsche em desenho. Os traços do 911, seu primeiro trabalho como titular da área de design da fábrica familiar, materializaram-se em 1963, substituindo o 356, cujas linhas mostravam intimidade com Volkswagen. O 911, ícone, passados 50 anos sobrevive e inspira veículos atuais, como o sedã Panamera. De sua lavra o 904 Carreta GTS é visto como um dos mais belos carros de corrida já criados.
Na reformulação profissional da empresa familiar, deixou-a para criar o prolífico e extremamente rentável Porsche Design Studio, autor de relógios, óculos, canetas e artigos do universo masculino, além de utilidades domésticas, ferramentas e bem duráveis, sob lema da óbvia clareza: design deve ser funcional; a funcionalidade deve ser traduzida em estética. Ou, o bom design deve ser honesto.
Início dos anos´90, a Porsche maior entrou em crise, quase quebrou, e a família resgatou F.A. entronizando-o no Conselho Superior. Fez o milagre, a reviravolta que deu à companhia a sólida base expansionista extremamente lucrativa, que permite discutir atualmente se compra ou não a Volkswagen.
Há poucos dias, no Salão de Nova Iorque, 64 jornalistas de 25 países, sem a menor suspeita do próximo passamento de Butzi, relacionaram 19 lançamentos e deram ao 911, recém apresentado em 7ª. série, aos 49 anos, o título de “2012 World Performance Car”. Foi a última láurea de uma vida dedicada ao automóvel.
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F.A. Butzi e o 911, 1963, início do mito
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911 7a. geração, 2011. O espírito continua.
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904 Carrera GTS, dito o mais belo carro de corridas. E lembrado pelo motor mais complicado do mundo: 4 cilindros, 1966 cm3, 200 cv, quatro comandos de válvulas, 16 engrenagens para levar o movimento do virabrequim até eles. Ganhou as 24 Horas de Le Mans em 1963, fazendo os cinco primeiros lugares.
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Roda-a-Roda
No meio – A Mercedes agiu rápido para a incidência brutal de impostos sobre os importados. No caso dos esportivos desprezou os extremos da linha e focou no equilíbrio, o SLK 250. Conversível, rapidamente arma o teto rígido, performático – 0 a 100 em 6,6s – 224 km/h, 1.800 cm3, 204 cv, 16 válvulas, injeção direta, turbo, câmbio automático de 7 velocidades, custo contido relativamente aos de maior cilindrada. A R$ 249.900.  
Lada – E Renault e Nissan. As três marcas serão produzidas pela agora re inaugurada fábrica da Autovaz, em Togliatti, Russia. Maior usina de automóveis sob o mesmo teto – 250.000 m2, algo como 500 m de frente por 500 de profundidade – produzirá anuais 350 000 mil carros das três marcas.
Futuro – A fábrica foi montada pela Fiat – daí o nome, de líder comunista Italiano – e a desunião soviética viu-a na mão de um conglomerado. Este fez acordo com a GM, autora de acertada industrial e de produtos. 
Renault - Há três anos, em meio à crise apequenadora da GM, a Renault comprou 25% das ações, assumiu a gestão industrial. Duster e Sandero serão feitos lá. O Lodgy também. Todos usam a plataforma do Logan, jogo-duro para as ásperas condições dos países do grupo BRICS.
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 O Lada revive com o Largus – o Dacia, lá chamado Renault Lodgy
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Nacionalização – Para atingir os 65% de nacionalização que a isentará de pagar impostos de importação, a chinesa Chery aproveitou o III Fórum da Indústria Automobilística, promovido pela revista Automotive Business para apresentar-se e contatar possíveis fornecedores. 
Processo – A Citroën acerta o finalmente do novo C3. Carroceria nova, projeto francês, com a evolução do motor 1.6 acertado pela PSA e que gera a boa potência de 122 cv. Antes do Salão do Automóvel, em outubro.
Foco – Dacializar-se, tomar o rumo da Dacia, marca inferior da Renault, deu rumo, acertos e lucros à marca no Brasil: fatia de 6,8% no bolo doméstico no primeiro trimestre, a de maior crescimento – 1,84% relativamente a 2011. É seu melhor primeiro trimestre. Sua base de vendas são os produtos sobre a plataforma antiga – Logan, Sandero, Duster. Fluence, refinado, é argentino.
Negócio – Mitsubishi no Brasil encerrou ligação técnico-comercial com a Castrol e acertou com a Petrobrás. A partir de agora, recomenda lubrificante da estatalmente controlada, integrando interesses da Equipe Mitsubishi-Petrobrás de previstas participações em duras provas Off Road, como rallyes Dakar e Sertões.
Homeopatia – Ford fará 2º. evento para mostrar parte do novo EcoSport. Desta vez o interior. Convida imprensa para ver mudanças na fábrica, Camaçari, Ba.
Fim – Com receio das exigências do Euro 5, que modificou motores e o diesel que consomem ? Ainda dá para comprar caminhão diesel funcionando com o óleo antigo. Cofipe, revenda Iveco do grupo Comolatti anuncia condições especiais para liquidar o estoque.
Antigos – Para sonho superior, o Museu da Marcenaria Automotiva, os Rufino, da Celeiro, mais correta das restauradoras de automóveis com madeira estrutural ou decorativa, vendem referenciais automóveis dos anos ´30 e ´40: Buick, Chevrolet, Ford, Mercury, Nash, Pontiac, Oldsmobile, outros, como raro Franklin Tourer 1926. Mais? 
http://www.woodiesamerica.com/celeirodocarroantigo/id61.html
Do Ramo – Profissionais do ramo, lazer de advogados aposentados, cultos, os Rufino recomendam: Quanto mais antigo, mais raro e precioso. 
Parece o óbvio na atividade que deve preservar a história, mas não é o que vigora por aí, com volumosa importação de anônimos Mustangs, Camaros e Cadillacs, num antigomobilismo tratado como brinquedo e que nada acrescenta ao cenário histórico nacional.
Gente – Marinete Veloso, jornalista, descanso. OOOO 16 anos implantando a área de comunicação da Renault, cuidar dos netos, ampliar saisons francesas. OOOO Diretoria de Comunicação assumida por Carlos Henrique Ferreira, o Caíque, 42, engenheiro de relações públicas ex-Fiat e há um ano tomando pé na cultura empresarial francesa. OOOO Ed Gilbertson, presidente do juri do referencial Pebble Beach Concours d´Elegance,  aposentadoria. OOOO Sucessão pós concurso, 19 de agosto, por Chris Bock, há 50 anos na organização do evento. OOOO Horst Seehofer, primeiro ministro da alemã Baviera, visita. OOOO À Audi, em S Paulo. Entender a expansão do mercado Premium no Brasil e o crescimento da marca. OOOO 

Antes de Minas, Fiat tentou duas vezes
Pré 1976, quando iniciou fazer automóveis no Brasil associada ao Estado de Minas Gerais, a Fiat fez duas tentativas pouco conhecidas: em 1965 quase assumiu a Vemag, então valente produtora dos Auto Union DKW; três anos após tentou com a IBAP, a Indústria Brasileira de Automóveis Presidente. Sem êxito. 
À época a mão dura do governo militar por razões desconhecidas vedava a instalação de novas montadoras no país e assim, para vir sem o desgaste da discussão, caminho mais prático era adquirir montadora já instalada. 
A Vemag era pioneira, de capital aberto, controlada por grupo incorporador e banqueiro que, ao início da década de ´60 resolveu passar o controle acionário. Lélio Toledo Piza, vice presidente da Vemag, ex presidente da Anfavea, conta em sua biografia que o engatado negócio com a Fiat, foi perdido em Turim, na suntuosa sala do professor Valetta, condutor da empresa, pós telefonema de um brasileiro. Educado, Piza não o nomina. 
O livro “Democrata, o carro certo no tempo errado” conta, outro esforço do mesmo interlocutor, o hábil Élio Peccei, facilitador da vinda da Simca, e diretor da Fiat Tratores, foi com a IBAP, do empreendedor Nelson Fernandes, que montaria os Fiat 600 com motorização 850, encorpados para resistir às agruras nacionais. Mas a IBAP não era palatável ao governo central e ao apresentar a ideia da associação ao general Macedo Soares, ministro da Indústria e Comércio, não tiveram resposta – nunca. 
A Fiat entendeu as dificuldades do processo e se preparou com outra fórmula, a da associação com um estado. Foi assim que deu certo.
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Fiat 600, reforçado, com motor 850 seria o primeiro da marca no Brasil. Era quase mundial. Na Alemanha o da foto era montado pela NSU.
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