segunda-feira, 28 de novembro de 2011

DE CARRO POR AÍ COM O NASSER





 edita@rnasser.com.br Fax: (61)3225.5511 Coluna 4711 23.nov.2011




Novo Honda Civic 2012. Assim, assim

Nona geração do sedã médio chega ao mercado para tentar resgatar, em vendas, os bons números que desfrutou, há anos, tomados pela Toyota e perdidos com seu primo Honda City.

É evolução em estilo, porém sem a marca da edição passada, é contido, lembrando o Honda City, distante da moda de painéis vincados e personalísticos, a Trilha Bangle, criada pelodesigner chefe da BMW, hoje seguida pela Mercedes e pelas coreanas Kia e Hyundai, espécie de assinatura de atualidade.

A mecânica mantém a boa suspensão independente nas 4 rodas, mesclando o cinqüentenário sistema Mac Pherson dianteiro e multi-link atrás. Transmissões sem maior expressão, mecânica e automática com 5 velocidades à frente. O motor de 4 cilindros, transversal, 16 válvulas, mantém a potência máxima de 140 cv e, em torque, graças a trabalho no coletor de admissão, houve ganho em rotações inferiores, permitindo alongar a quarta e quinta velocidades, tornando-as multiplicadas – ou seja, giram mais que o eixo piloto, ligação do eixo virabrequim à transmissão. Resultado é menor consumo no plano. Outro implemento neste campo é a direção com assistência elétrica, prescindindo da energia do motor. E, ainda, um sistema eletrônico para economia, programando o acelerador para menor injeção de combustível, alívio no compressor de ar condicionado. Por demanda, pisando o acelerador a fundo, o sistema se anula. Manteve rodas em liga leve e pneus medindo 205x55, práticos, razoavelmente elevados para resistir aos buracos nacionais.

Cresceu 5 cm e ouve a curiosa redução na distância entre eixos – 1,3 cm. Apesar de ridícula e de a nova carroceria permitir melhor acomodação interna, é curiosidade em época onde as montadoras esticam tal medida de conforto. Em ganhos, diz a Honda, a capacidade do porta-malas, queixa dos usuários, aumentou 100 litros pela redução do tamanho do estepe, agora de emergência, e de seu espaço.

Há incorporação em itens de conforto eletrônico – GPS, BlueTooth, TV para manobras de ré – cuja democratização reduziu custos aos fabricantes.

O caminho aberto pela Honda na geração anterior, de fazer o painel de controle em vários níveis e planos, coisa perigosa, exigindo exercício do nervo óptico, continua. O automóvel tem dois níveis de instrumentos à frente do motorista, e uma tela com 5” ao toque, mostrador à direita, no centro do painel, exibindo funções, GPS, manobras de ré, computador de bordo.

Ponto alto a meu ver de pagador de impostos que não gosta de vê-lo aplicado para socorrer pessoas que andam em carros sem equipamentos de segurança, é o de todas as versões portarem o pacote mínimo de proteção – não há segurança para ricos e esclarecidos, com carros completos, e insegurança para menos fornidos ou letrados, que compram veículos sem o mínimo (cintos, apoios de cabeça, ABS e almofadas de ar). No caso, todos os Civic portam cinto de segurança de três pontos; apoio de cabeça; freios a disco nas quatro rodas; auxiliar ABS; gestor EBD; almofadas frontais de ar – na versão topo EXS também laterais. Nela, também de segurança, como a capacidade do sistema de direção interagir com o de estabilidade eletrônica.

Qual é ?

Se você conseguir separar o carro de suas condicionantes, entenderá porque o Civic pode parecer menos que o esperado, em especial ante os concorrentes.

É simples: Civic no Brasil tem preço e colocação mercadológica de carro de luxo, ao contrário de outros países, onde é veículo de entrada, formatado para tal usuário e uso. Nos mercados externos, em especial EUA, seu estrito porta malas é para ir ao super mercado, raramente para levar malas em viagens. Outro aspecto, a Honda brasileira pouco pode palpitar ou sugerir, como se nota pelas pelas antiquíssimas – e baratas – dobradiças em arco que, ou estragam as malas, ou diminuem o espaço.

Preços não divulgados, mas a Honda deve fazer re-engenharia de lucros. Com produtos incontestável e inexplicavelmente mente caros, por alguma razão fomentadora de lucros, puxou para cima o preço do Fit. Lançou o City, sua versão 3 volumes, baseada na falta de exigência dos compradores quanto a espaço para passageiros do banco traseiro, e no cansaço das linhas do Civic. Fez ótimas vendas, tomou clientes ao Civic – e deu maior lucro. Agora, para re-colocar novudade, terá que trazer preços à realidade.

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                                  Civic 2012, estilo comportado


             Dobradiça que furta espaço mostra projeto externo

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Turbo, o Fluence especial

Para aproveitar a boa aura de vendas e reconhecimento de seu Fluence, a Renault fará versão aplicando turbo compressor ao motor 2.0, 16 válvulas.

Na Europa é degrau antigo, antes disponível no Mégane, mantida no Fluence, oferecendo modestos 180 cv – 25% mais que o motor aspirado. Entretanto aqui o desenho do mercado e de seus compradores é diferente, e o Fluence terá como concorrentes o VW Jetta 2.0, 200 equinos com injeção direta, ganho tecnológico desconhecido no motor Renault, e o Peugeot 408, com chegante nova versão, com motor 1.6 BMW, turbo e injeção direta, 165 cv, de ótimos resultados no 3008.

Curiosidade na história é a origem: a Renault descobriu lote destes motores, novos, embalados, num canto de galpão na grande fábrica de Pinhais, Pr, entendendo ser a melhor solução aplicá-los, enriquecendo a linha de produtos, criando simpático fato mercadológico.

Livre pensar, este motor no utilitário Duster 2.0 4x4, re escreverá a história.

Roda-a-Roda

308 – Em Palomar, beiradas de Buenos Aires, fábrica da PSA – Peugeot-Citroën iniciou produzir o modelo 308. Vendas em 2012. É evolução tardia do 307, que a Peugeot nunca soube vender. Curiosidade portenha, todo início de produção conta com a presença da presidente Cristina Kirshner.

Cara do dono – A Hyundai iniciou assumir os maiores importadores da marca com a Hyundai Motor da Alemanha, do suíço Emil Frey, de vendas coladas em Toyota e Nissan. Não demora, assume a representação daqui.

Mudança – Imprensa mundial especula sobre o utilitário esportivo Alfa Chrysler. Coisa periférica. A Fiat cuidará do 1,7B US aplicado na nova geração da família Jeep, onde Alfa será versão. O principal negócio da Chrysler é Jeep.

Negócio – Migrando aos mercados em expansão na próxima década, a PSA Peugeot-Citroën associou-se à chinesa Changan em nova empresa, a Capsa. Fará a nova geração de Citroën DS a partir de 2013, 200 mil unidades/ano.

Anúncio – Nova campanha da Nissan não critica os concorrentes. Inspira-se na teoria da fonte dos desejos, onde moedas caem do teto e, a cada uma, funcionário grita para a linha de montagem liberar mais um March ou Versa.

Conar – Engraçadinha, porém merece uma trava pelo Conar. Comete a inverdade de anunciar carro mexicano como japonês.

Com lançamentos sobrepostos, há que se explicar, o March é hatch de entrada, bem desenvolvido, e o Versa, sedã 4 portas, espécie de Logan da Nissan.

Puma – A Ford voltou a produzir motores diesel, desta vez na Argentina, a 44 mil unidades/ano/turno, modernos, turbo diesel, 2.2 e 150 cv e 3.2 e 200 cv. Equiparão os novos Ranger com produção em 2012 e exportação ao Brasil. Haverá, também, motor flex: 4 cilindros, 2.5 e 170 cv. Deve chamá-los Puma.

Projeto – A Ford, segunda no mercado argentino, quer crescer no Brasil e os motores indicam o leque de versões. Da. Cristina também estava lá.

Segurança - O conceito HSD – High Safety Drive – kit de almofadas frontais de ar e freios com ABS e EBD, foi incorporado à versão Attractive, de entrada do Fiat Idea,a R$ 45.190. Custa R$ 1.000 – na prática, bônus de R$ 1.617.

Parceria – Fiat, FPT industrial e Inmetro assinaram acordo tecnológico para processos, combustíveis, motores e transmissões. Inclui uso de óleo vegetal in natura como combustível de motores diesel, cursos pelo Inmetro e utilização dos laboratórios pelos engenheiros da Fiat.

Será ? - Não ficou claro se este desenvolvimento tecnológico é o obrigatório pelas vantagens tributárias que as montadoras receberam com redução de IPI – sem reduzir preços -, comprometendo-se a aprimorar tecnologias.

Moleza - Como a legislação brasileira é lentamente leniente com as multi nacionais e os poderosos. A tal de Chevron - que os jornalistas tratam como Chévron, embora o correto seja Chevrón, pois se trata de nome francês de engrenagem idem - arma a maior sujeira, disfarça, mente e deve achar graça na multa. A legislação está em preparo há anos. Fosse com o seu Zé da mercearia, que não pagou o IPTU, já estaria na dívida ativa.

Multi – Brasileira, controlada pelo BNDESPAR e Previ, a Tupy S/A comprou duas fundições no México – Cifunsa Diesel e Technocast - de blocos e cabeçotes em ferro fundido para motores de veículos de passeio, comerciais, agrícolas, estacionários. US$ 439M. Na especialidade será a maior no mundo.

Aqui – Informa a empresa, não é troca de investimentos locais por outros no exterior. Recentemente aplicou US$ 500M nas linhas de produção brasileiras.

Organização – Dentro de financiamento internacional o Projeto Transmilênio, Bogotá, Colômbia, a Volvo vendeu mais 688 chassis de ônibus, maior negócio na especialidade no país. Visa racionalidade; substituir ônibus e perueiros; adotar canaletas privativas para deslocamento.

Brasil – O Prêmio Design MCB, do Museu da Casa Brasileira, em S Paulo, foi para a cabine dos caminhões Agrale 2012. Projeto da Questto!Nó em conjunto com a Agrale, é racional e utiliza materiais recicláveis.

Expansão – Da modesta origem produzindo amortecedores para veículos leves, a Nakata cresceu, e tem linha de bombas de óleo para motores empregados em Ford, Mercedes, Volvo e Scania.

Na estrada – Antes de iniciar vender suas motos, ora produzidas pela Dafra, em Manaus, a MV Agusta fez a 1ª. Convenção Técnica. Quer preparar a rede, evitar surpresas, garantir boa imagem aos produtos e assistência técnica. Os modelos montados são a esportiva F4 e as peladas Brutale 1090 R e RR.

Especialidade – A Dafra, do grupo Itavema, de revendas paulistanas, montou a fábrica com os favorecimentos fiscais, nacionalização flexível e, sem fidelidade, paixão ou bandeira, monta motos a quem pretende entrar no mercado brasileiro. Atualmente, italianas MV; alemãs BMW; chinesas Haojue, SYM, TVS e Daelin.

Mais um – Primeiro no Brasil a cindir a proibição de mesmo grupo representar duas marcas, o Líder é Audi no Espírito Santo. Nossa Senhora da Penha atendeu ás orações e promessas dos clientes da marca, sem assistência por quatro anos. Inicialmente funcionará junto á outrora invendável VitoriaWagen, assumida pela família Braz, que toca o grupo Líder, com 55 revendas.

Livro – Novo lançamento editorial: Pequeno grande livro do Fusca, da Escrituras Editora, foca o grande ícone. 128 páginas, capa dura, autor Jon Stroud, R$ 34,90.

Antigos – Melhor indicativo do relevo do mercado, o poderoso sítio Webmotors criou owww.webclassicos.com.br, para veículos antigos e de coleção. Das soluções práticas, uma avisa quando é inscrito veículo de interesse pelo internauta. A mercado tão peculiar, poderia abrir para peças, acessórios e literatura, à venda ou em procura.

Gente - Norbert Reithofer, CEO da BMW, 55, láurea. OOOO Executivo do Ano pela alemã revista Manager. OOOO Creditam-lhe o mérito de transformar a BMW no fabricante Premium de maior sucesso. OOOO Anders Norinder, sueco abrasileirando-se, opção. OOOO Deixou a presidência da Volvo Cars para não mudar de país. OOOO Bom de serviço, trouxe a marca de pífias 1.100 unidades/ano às atuais 5.300. OOOO Ouve propostas.OOOO Sérgio Scaglietti, designer, 91, passou. OOOO Era o camarada que dispensava papel e lápis, desenhava com os olhos, contornava com tesoura, acertava com tasso e martelo, retirando o excesso de material. O que sobrava eram os carros de seu cliente principal, a Ferrari. OOOO Que o homenageou dando seu nome ao modelo 612 2+2. OOOO



4 comentários:

Leonardo disse...

Deve ser o trocentésimo livro a respeito do Fusca lançado no mundo...

E esse Cityvic novo é muito esquisito.

1k2 disse...

Leonardo,

Civic é um Del Rey promovido à Galaxy.

Nasser,

O fabricante é nipônico, independente de onde o veículo é fabricado. O 500 é italiano, independentemente se for fabricado na Polônia ou no México.
Dizer onde fica a fábrica só interessa para o comprador preocupado com o custo e disponibilidade das peças. Já vi repórter da Record chamar Hilux e S10 de picapes de luxo, e tratar Astra e Fit como carros luxuosos, como se alguém que compra um carro que custa R$ 15 mil a mais fosse multimilinário...

1k2 disse...

Em tempo, esta me referindo à Nissan...

O Corsário Viajante disse...

Este Duster 2.0 turbo vai ficar na minha cabeça... rs
Excelente coluna como sempre!