quinta-feira, 17 de março de 2011

DE CARRO POR AÍ COM O NASSER


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Coluna 1111 16mar2011


JAC J3 e J3 Turin. São de lá, parecem daqui


Os chineses JAC chegam ao Brasil e mostram as ferramentas de suas pretensões em vender 35.000 unidades neste ano: adequação dos automóveis aos gostos e exigências nacionais, equipamentos de conforto, segurança, e busca de pontos de satisfação dos consumidores brasileiros. Coisas interessantes como o interior cinza; a iluminação azulada nos instrumentos; os limpadores de para-brisa Bosch com tecnologia de varrição macia; vedação das portas para oferecer pancada firme; preparação do tanque e toda a linha de alimentação para suportar a acidez do gasálcool. No total 242 modificações para o abrasileiramento.


A conformação dos automóveis abrindo o caminho de entrada da marca no país os diferencia dos concorrentes em porte, aplicativo e, no caso de alguns importados, a adequação às peculiares exigencias do país. Portam motor em alumínio, de tecnologia atualizada da austríaca AVL. Leve, duplo comando, 16 válvulas, sistema VVT, adequando o tempo de abertura das válvulas de admissão para melhores reações do motor. Potência e torque, respectivos em 108 cv e 14,1 kgfm são referenciais para cilindrada de apenas 1.332 cm³, indicador de sua modernidade. O ponto que os separa de todos os demais concorrentes nacionais é a suspensão traseira independente, por sistema dual link. Tal independência oferece comportamento superior em conforto de rodagem e em estabilidade, nas retas e curvas.
Foco

 Importador dos veículos, representante da marca no país, o engenheiro Sérgio Habib, dono da maior operação de varejo no mercado nacional – suas revendas Citroën e Volkswagen comercializaram 80.000 veículos novos e usados em 2010 – toca o negócio de maneira diversa à simples importação, como se fosse distribuição de veículos nacionais. Aplicou R$ 380 milhões para a operação, adequação e a criação de rede de distribuição, iniciada com inauguração de 35 lojas próprias e mais 15 de investidores já estabelecidos como revendedores.


Habib, com umbigo-no-balcão, ampliou conceito e ações, convenceu os chineses a deixá-lo aplicar sua expertise no mercado, e moldou os veículos ao gosto nacional, junto à matriz e no centro de estilo mantido pela JAC em Turim, Itália. O hatch J3 e o sedã J3 Turin foram projetados no básico e linhas pela Casa Pininfarina. A operação é tocada como fosse produto brasileiro, com adequação das suspensões aos buracos nacionais e reação ao gosto dos consumidores locais; pela coragem da submissão dos automóveis aos exames do Cesvi, o centro de análises de segurança, incluindo os sempre temidos testes de impacto contra barreira fixa; pelas revisões em preços contidos e previamente definidos. Argumento de qualidade, 6 anos de garantia, de ponta a ponta e sem truques.


Cuidados enquadram-se no volume de investimento e estrutura: as pretendidas 35 mil unidades neste ano significam 1% do mercado.


Se o negócio é da China para o empresário Habib, para a JAC será um negócio do Brasil. Afinal, os JAC vendem bem na China, mas não estão nos EUA ou na Europa. O Brasil, 4º. maior mercado, na verdade será o primeiro depois da China. E exemplo mundial para a marca.


A agência de publicidade escolhida é a Ogilvy, o avalista da campanha é o apresentador Faustão, e a linha é enfatizar os carros completos em confortos e segurança, em pacotes superiores aos disponíveis nos produtos nacionais.


Preços


J3 hatch R$ 37.900

J3 Turin – sedã R$ 39.900




 JAC J3 não parece chinês


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J3 Turin


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Roda-a-Roda


Mico – Após demitir e acusar executivos de vazar segredos de tecnologia elétrica a concorrentes, ante a negativa da procuradoria de Paris em achar indícios de crime, e depois dos apelos dos envolvidos diretamente ao presidente da França, a Renault retrocedeu. Pediu desculpas públicas e inicia negociar indenização aos falsamente acusados. Mico - e caro.


Giro – A pequena Spyker, marca centenária exumada na Holanda, comprou á GM a sueca Saab, tipo o ovo comprou a galinha. Agora, para viabilizar, vendeu o ovo, a Spyker, ao antigo sócio, polêmico milionário russo Vladimir Antonov, que os fabricará na Inglaterra.


2012 – Terceiro mês do ano e algumas marcas apelam à antecipação do ano para fazer vendas. A Nissan rotula a família Livina de 2012, mantendo séries especiais e atrativos sem custos, como a pintura dos para-choques e agregação ou disponibilidade de itens de segurança.


Expansão – A marca inaugurou sua 100ª. revenda. É a Katana – nome do pequeno punhal dos samurais – e fica em Itumbiara, GO.


De novo – A Yamaha mudou apenas os adesivos de sua Fazer YS 250, terceiro mais vendido de seus modelos. Daí, na linha 2012 manteve motor monocilíndrico, pistão forjado, camisa revestida em cerâmica dispersiva, 249 cm³, 21 cv e 2,10 mkgf de torque. R$ 11.279,00, posta Manaus.


Embalo – Para alavancar vendas de seu modelo Apache RTR 150, a montadora de motos Dafra investiu em filme com produção profissional, regravação da trilha sonora “Tarde Vazia”, do Ira!.


Expansão – A Mercedes-Benz cresceu 107% em vendas de caminhões pesados no primeiro bimestre comparativamente a idêntico período em 2010, mantendo-se líder no segmento com 25% das vendas.


Mais um – Maior mercado mundial de caminhões, o Brasil atrai fabricantes e, agora, importadores. A JAC Motors, importadora de automóveis chineses, trará, em 2012, caminhões urbanos para 3,5 t de carga.


Consumo – Legislação de proteção ao consumidor fez mais um ano; acumula conquistas, mas perde para o atrevimento dos planos de saúde e o desrespeito das operadoras de telefonia. No campo veicular, falta precisar o prazo para a existência de peças para veículos descontinuados.


Prazo – Para regrar relações, o deputado federal Eli Corrêa Filho (DEM/SP) propôs à Câmara Federal, projeto exigindo ás empresas marcar dia e período para entrega das compras. Não cumprimento, multa de R$ 200,00 a R$ 3.200,00 se reincidente.


Tecnologia – A equipe Williams de Fórmula 1, inova em tecnologia: caixa de câmbio menor, mais leve, mais baixa. Projeto próprio para buscar esperanças de bons resultados.


História – Admiradores dos VW SP 1 e 2 tentam se conhecer e organizar na preservação da história do primeiro Volkswagen autenticamente nacional. Tens ou conhece algum? Informe: encontro.sp2@gmail.com


Ecologia – Medida importante, as emissões de poluentes pelos motores, orientam escolha por clientes preocupados com o meio ambiente. Na Europa, a Fiat está bem na foto: pelo quarto ano seguido, tem as menores emissões de CO2 entre os automóveis vendidos em 2010.


Gente - Ricardo Dilser, 37, jornalista, piloto, novo desafio. OOOOAssessor técnico da Fiat, ligação entre engenharia e jornalistas especializados. OOOO A montadora italiana é pioneira na interface. OOOO Patrick Pelata, presidente da Renault mundial, mantido. OOOO Pedira demissão após o mico das falsas acusações sobre vazamento de informações. OOOO Luiz Pereira Bueno, piloto de competição, eternizado. OOOO Cinzas espalhadas por colegas e amigos no circuito de Interlagos, em cerimônia com alguns dos carros que conduziu à vitória. OOOO Grande Peroba.




Um comentário:

Anônimo disse...

Mto bom o texto s/o Jac:

- ...como acompanho bem o setor, sentí mais um bom endosso ao 'Projeto Jac-Brasil'.

(Ronaldo)