quarta-feira, 9 de março de 2011

DE CARRO POR AÍ COM O NASSER


End eletrônico: edita@rnasser.com.br Fax: (61) 3225.5511 Coluna 1011 09 mar2011




Mercedes 250 CGI. Mais com menos


Isabella Nasser


Dentro do conceito BlueEfficiency, de mobilidade sustentável e responsabilidade ambiental, Mercedes estende a aplicação de motores com tecnologia CGI, de injeção de combustível direta nas câmaras de combustão, para Classe C 250 CGI Sport e Classe E CGI Avantgarde.


Trocando em miúdos:


Charged Gasoline Injection - CGI

Injeção de ar direta no motor por turbocompressor, pressão de 1,3 bar, movido pelos gases de escape, forçando entrada de volume maior de ar. Resultados, combustão mais precisa, eficiência térmica, economia de 12,1%.


BlueEfficiency

Conjunto de medidas, patente Mercedes, visa menor emissão de poluentes e menor consumo de combustível, em providências externas ao motor, como espelhos retrovisores com menor coeficiente aerodinâmico; melhor ventilação no motor; pneus menos resistentes ao rolamento, diminuindo o atrito; direção hidráulica acionada se requisitada – menor dissipação de energia.





Classe E

A maior atração está no criar versão da carroceria E, de tamanho médio e com este motor de 4 cilindros, a preço atrativo, R$ 229.000. No design, a mudança ficou para as linhas laterais mais vincadas e traseira mais quadrada. Nesta classe, o GPS é Mercedes, de série, específico para o mercado brasileiro a partir de junho.


Outro mimo é o Attention Assistance System que monitora mais de 70 parâmetros na segurança do motorista. Por exemplo, se este ficar sem se movimentar por um determinado tempo, o painel aciona um aviso sonoro. Além do Intelligent Light System – sistema de iluminação pelo qual os faróis acompanham o movimento da direção.

Nova versão, projetada e construída para receber blindagem aposta no México, blindado de fábrica, com aço balístico testado em diferentes ângulos, vidros mais espessos e pneus que podem rodar mesmo furados, o E 500 Guard VR4 custa R$ 420.000,00 (R$ 50.000,00 pela blindagem).


Para o segundo semestre, a marca anuncia o lançamento de outros modelos: Classe C Coupé 180 CGI, SLK200 CGI Roadster e CLS AMG.


Nota da autora:

A curiosidade sobre as medidas ambientais tomadas pelos fabricantes de automóveis, levou-me à apresentação destes Mercedes, consequência de ter secretariado a produção da Coluna por alguns anos.


Pulando as especificações técnicas e impressões ao dirigir, devo dizer que como jovem da minha geração, nascida, ou pelo menos se encontrou com a preocupação com o meio ambiente, fico feliz em ver responsabilidade socioambiental (ou que seja marketing social) com resultados específicos. É um projeto bem sucedido mostrando mais potência com menos poluição e consumo. Em tempos como o nosso, outros projetos “mais por menos” nos fariam bem.

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A linha CGI já contava com os sedãs C180 CGI, C200 CGI e agora, com quatro cilindros e potência equivalente a de um motor V6, o novo C250 CGI Sport e E250 CGI possui 204 cavalos e 31,6 mkgf de torque. A versão C250 CGI surgiu da oportunidade em ampliar a linha com opção intermediária entre o C200 CGI e o C300, com aparatos como sistema de estacionamento Parktronic dianteiro e traseiro, pacote Sport e kit óptico AMG, faróis de bi-xenônio e teto solar. Por R$ 179.000,00.


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 Novo 250 CGi: 4 cilindros, 1,8, injeção direta e turbo

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Alfa Romeo 4C, matéria de sonho


Não se sabe o que o frio Sergio Marchionne, o nº 1 da Fiat, reserva à Alfa Romeo: preservá-la, ou enfeitá-la, inflando o portfólio secular, valorizando ações para venda futura. O agora, é de negacear propostas de Ferdinand Piëch, da Volkswagen, outro mandão, a acicatá-lo.


Marchionne promete levá-la de volta ao mercado norte-americano, maior do mundo, tipo passaporte da viabilização numérica, enquanto tece as mil compatibilidades com as mais de mil incompatibilidades na gestão dos negócios Chrysler, apresentou protótipo de outro Alfa, o 4C.


Pequeno e competente, jóia da criação automobilística, fala a linguagem do futuro. Em tecnologia, monocoque em fibra de carbono, suspensões em alumínio, carroceria leve, dois lugares, curvas escultóricas, tudo italiano, projeto da Dallara Automobili. Motor 1.750 cm³ 16V, Fiat FPT com injeção direta de combustível nos cilindros, e turbo, econômico, baixas emissões. Potência confiável, de 200 cv. Transmissão FPT, com duas embreagens, 6 velocidades, pequena, leve, compacta. Motor traseiro entre eixos, tração traseira. Peso total, incluindo a tralha de segurança e emissões, menos de 850 kg. A cada cavalo 5 kg – metade da média de automóvel comum – e a resposta está no conjunto, indo da imobilidade aos 100 km/h em torno de 6 s. É o óbvio ululante de Colin Chapman, mago da Lotus: pouco peso, muito rendimento.


Não será para multidão, mas novidade, evento, série limitada em milhar de unidades, mantendo imagem de performance, fazendo notícia instigante e positiva.


Das expectativas.


1. Alguma chegará aqui? Somente se o presidente da Fiat Automóveis quiser, como desejo pessoal e referência;

2. Este motor é o mesmo produzido em Campo Largo, admitindo projetar te-lo aqui com injeção direta e turbo alimentação? Não. É outro motor.

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Alfa 4C, efeito-demonstração


                   
Alfa 4C, interior

FOTOS DE ROBSON COTTA
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508. A Peugeot mantém o novo ciclo


Elegante, linhas fluidas, dentro do DNA da marca, grande tomada de ar e grupos ópticos impactantes, para-brisas inclinado, pacote de segurança, confortos, agradável e silenciosa rolagem, o novo Peugeot 508 – de vinda não resolvida ao Brasil – mantém o novo caminho da empresa. Carros mais refinados e motorização menor e mais produtiva. É novo ciclo, instado pela redução de consumo e emissões, e a melhor identificação para isto é vê-lo, com 4,83 m, 1.400 kg, amplas portas, internamente muito confortável, tracionado por pequeno motor 1,6-litro, 16V, injeção direta e turbocompressor, gerando 156 cv. O 508 resume dois antecessores, o menor, 407, e o maior, 607, então tracionados por V6 3,0, de 210 cv.


O mercado exibe, em 10 anos, o desequilíbrio da relação de escolha entre motores diesel e gasolina em automóveis. Em 2000, 1 x 1. 2010, 4 x 1. Daí, a PSA desconsiderou investir no aperfeiçoar engenhos de ciclo Otto, e uniu-se à BMW para desenvolvê-los, meiando os custos. O 1,6, injetado diretamente, turbo, é um deles.


508

Sedã mirando o mercado de representação, carros de frota, locação a executivos e, eventualmente taxis, é sólido em construção, agradável em rolagem. Plota, como o co-irmão Citroën C5, o rastro da estrela: ambos querem ser tão bons e confiáveis quanto os Mercedes-Benz da série C. Relativamente a estes são melhor equipados em segurança e confortos: frenagem por grandes discos, administrador eletrônico, programas de estabilidade, de monitoramento do automóvel – em caso de acidente avisa a central de atendimento, suspensões adequadas ao tipo de motorização e uso. Nos motores a gasolina, o confortável semi-McPherson. E, no diesel, mais potente, triângulos com pivôs desencontrados, para reações mais esportivas – quem diria, motor diesel, sempre atrelado a trabalho e lentidão, dá o tom da superior esportividade, ar-condicionado com quatro zonas – usuário pode escolher a temperatura de seu agrado, e há sistema de som e para-brisa acústico, para qualidade e isolamento do exterior.


Há mimos. Motorista e passageiro contam com prolongamento para apoio das pernas, leds na iluminação, faróis neo-halógenos. Enfim, bem arrumado, honesto construtivamente, sedutor ao uso, sedimenta o novo caminho para motores e veículos. Pena não haver definição quanto a vir para o Brasil.

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Peugeot 508, mais equipado e mais barato que Mercedes

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Roda-a-Roda


Recorde – 10.566 unidades licenciadas em janeiro e fevereiro fizeram a Kia Motors crescer 82,8% em relação a igual período em 2010. Seria maior houvesse pronta entrega de Sportage. Sorrisos em Itu, base operacional: vendas do SUV Sorento e do caminhãozinho Bongo, acima dos concorrentes e inimigos Hyundai Santa Fé e HR Porter.


Resposta – Ante anúncio da JAC como a mais movimentada das marcas chinesas aportando ao mercado, a Lifan e o Grupo Effa, representantes no Brasil e no Uruguai, avisam instalar centro de pesquisa e desenvolvimento de novos veículos. Marcas diferentes, investimento comum. A Effa monta os Lifan 320 hatch e 620 sedã no Uruguai.


Tapa – Pequenos detalhes marcam a modelia 2011 dos espanhóis Citroën C4 Picasso e Grand Picasso: espelhos com piscas transparentes; maçanetas cromadas; novas logomarcas; rodas de liga leve aro 17”.


Vendas – Política agressiva e anúncios comparativos da Nissan fazem boas vendas. No bimestre, com 4.211 unidades, cresceu 104% em relação a jan-fev 2010, e recorde 1,63% de presença no mercado. Não é pico, mas crescimento sustentado. Abelardo Pinho, diretor de vendas, é ex-Ford, e Carlos Moreno, de marketing, ex-Fiat.


Opção – Com investimento de 1,6M E pela União Européia, a empresa dinamarquesa Novozymes, as universidades de Lund, Suécia, e Federal do Paraná, além do Centro de Tecnologia Canavieira de Piracicaba, SP, desenvolveram processo para transformar palha e bagaço de cana em etanol celulósico. Ou seja, resíduos em combustível.


Caminho – Representado a UE, José Ruiz-Espi, veio conferir resultados do investimento, de que o combustível celulósico pode fazer frente ao norte-americano etanol de amido. Surpresa maior, a enzima Cellic CTEC2, desenvolvida pela Novozymes, faz etanol com a palha, superiormente ao bagaço, abrindo progressão na capacidade do país em fazer combustível alternativo. Questão agora é compatibilizar processos na mesma usina.


No ar – Mais nova das transportadoras aéreas, a Azul inicia operar turbo-hélices ATR 72-200, em vôos triangulares São José do Rio Preto-Ribeirão Preto-Campinas. Em 2011 ligará mais 20 cidades do interior a capitais.


... 2 – Deu-se o informado pela Coluna sobre nublado aviso: não houve sociedade entre a chilena LAN e a brasileira TAM. A nossa agora é deles.


Antigomobilismo – Sucesso na primeira edição, a Semana Cultural da Velocidade – Velocult, volta com novidades: carros com história – Carretera 18 de Camillo Christófaro, Willys Interlagos ex-Bird Clemente, protótipos da FEI, e Sid Mosca, famoso por pintar capacetes dos famosos.

No Conjunto Nacional, av. Paulista, S. Paulo, SP, aberta ao público, criação de Paulo Soláryz, designer e pintor de cenas de automobilismo.

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