domingo, 6 de março de 2011

CAPTIVA 2011: BOAS NOVIDADES



Com o advento do novo modelo 2011, o SUV GM de origem mexicana traz coisas novas e boas. A principal delas é a injeção direta nos dois modelos, o quatro e o seis cilindros. Disponível no seis cilindros está uma transmissão part-time on demand, que traciona atrás quando patina na frente, diminuindo o arrasto das engrenagens de uma transmissão convencional permanente. Adiciona 80 kg à traseira do carro e reduz a capacidade do tanque em 9 litros, por causa do diferencial na traseira.



A versão quatro cilindros utiliza o excelente motor de origem Saab, de 2,4 litros. Agora com injeção direta na câmara de combustão alcança 185 cv e quase 24 mkgf de torque, mas a 4.900 rpm. A taxa permite o uso de álcool, utilizado nos Estados Unidos na forma do E85, mistura de 15% de gasolina ao álcool anidro. A caixa de seis marchas, idêntica nos três modelos, tem um escalonamento relativamente curto, com a sexta overdrive e modo manual comandado por paletas atrás do volante. Isso facilita o comportamento dos veículos, por prover uma marcha para cada situação, já que ambos pesam entre 1.680 e 1.830 kg, nada leves. Mas o excelente motor 2,4 DOHC do Malibu deve se pronunciar de forma clara, indo segundo a fábrica, de zero a cem em 11,6 segundos e alcançando 210 km/h de final. Os números de fábrica para o consumo são de cidade/estrada/média, 9,3/13,6/10,8 km/l.



Mas a grande sacada foi diminuir o tamanho do V6 de 3,6 para três litros. Com a injeção direta é possível uma mistura muito melhor de combustível dentro da câmara, evitando a vaporização das gotículas e queimando muito mais eficientemente a gasolina ingerida pelo motor, assim eliminando uma das queixas mais frequentes sobre a Captiva anterior, seus hábitos de beber desbragadamente. Outro grande avanço foi utilizar comandos de válvulas varáveis na admissão e escapamento, permitindo moldar melhor o motor ao uso. Essa é a teoria do downsizing, que, ao mesmo tempo, aumenta a potencia do motor para 268 CV, bem mais que o anterior. Os novos números em km/l de fábrica são (cidade/estrada/combinado): 8,2/ 3,1/ 9,9 (FWD) e 7,7/12,1/9,2 (AWD). São as vantagens da modernidade... E de uma taxa de compressão altíssima: 11,7: 1. A velocidade máxima continua limitada a 210 km/h, mais do que suficiente e assim podendo usar pneus mais macios, enquanto a aceleração de zero a cem quilômetros por hora fica em 9,6 segundos.

Continuam os bons freios a disco nas quatro rodas, a suspensão independente idem e as linhas modernas e atuais. Os preços são 90 mil para a quatro cilindros, 97 mil para a seis cilindros tração dianteira e 101 mil para a 4x4.


Há uma câmera de ré com imagem inserida no retrovisor interno, muito útil em carros desse tamanho, um som agora com entrada USB e trocentos alto-falantes. Uma pena que o interior do modelo substituído fosse cinza claro e agora sejam em preto, duas irracionalidades exigidas pelo mercado, que ainda demanda couro em um clima tropical como as nosso. Coisas de brasileiro...depois há que colocar um Insulfilm negro como a noite e não ver à noite mais nada para fora...


8 comentários:

Anônimo disse...

Mahar,
Leio suas opiniões há bastante tempo e concordo com a maioria delas, as que discordei, ate hoje nunca tiveram a relevância necessária para que eu desse uma opinião preferindo ficar quieto.
Mas desta vz não, quanto ao 2,4 ok, foi um ganho sensível, gostei, pois já andei nele.
Quanto ao motor 3.0 no lugar do motor 3.6 tenho minhas duvidas, a começar pela sua afirmação de que 7hp representam “muita potencia a mais”, será que estes 2,7% e localizados a somente 50 RPM da rotação de corte serão mesmo aproveitáveis?
Bem, não vi a curva de potencia, que pode, e deve ser, bem mais plana que a do 3.6 mas, acho difícil compensar.
Agora vamos incluir uma analise do que realmente é importante para um Crossover que aqui no Brasil é um SUV.
Torque, a real força de um motor, este perdeu quase 10% e isto não foi o pior a rotação onde ele ocorre subiu demais, 5100 RPM, coisa de carro esportivo, não e para Crossover.
Novamente não vi a curva de torque deste novo motor, mas li que algumas afirmações em Fóruns Americanos que a turma de lá não ta gostando desta historia de girar alto para recuperar torque perdido.
Tenho minhas duvidas se com o veiculo carregado e ar ligado o consumo da nova 3.0 vai ser assim tão baixo, acho que leve vai sim, mas este carro é para estrada, com família a bordo, e um monte de coisas ligadas ao mesmo tempo.
Quanto à taxa de compressão, cuidado ao afirmar que é sempre melhor ter taxa “mais alta“, não é bem assim, pois se tecnicamente permite melhor rendimento e conseqüente economia, no mundo real e abastecendo por ai nos postos de estrada, as vzs sem bandeira, ter taxa alta complica a coisa e 1,5 ponto é significativo.
Para finalizar, Mahar, eu sou mesmo um tanto politicamente incorreto, na minha garagem moram veículos assim, uma Captiva 3.6 (é claro, pois estou desdenhando das 3.0), um raríssimo Omega GLS 4.1 com somente 53k originais (novo demais tenho pena de sair com ele), um TR4 (bebe legal, comparável a Captiva, acredite) e um Celta 1.0 (só é econômico mesmo no inverno e dentro da cidade, se for para a estrada, ligar o ar e tentar acompanhar o fluxo normal vai tomar um susto daqueles no posto).
Alem do acima tenho uma GSXR 750 08, pelo que viu somente um veiculo é considerado politicamente correto, mas eu explico, quem usa mesmo é minha filha.

Alvaro Costa

Alexandre Cruvinel disse...

Compartilho da mesma desconfiança do Alvaro, nesses carros pesadões cilindrada maior sempre é bem vinda. Mas pode ser que com todas as melhorias o 3 litros se vire muito bem.

Uma curiosidade, como anda o arranjo interno de bancos ? 7 lugares só nas V6 ?

José Rezende - Mahar disse...

NÃO DISCORDO, MAS A INJEÇÃO DIRETA DEVE AJUDAR ALGO...E DEPOIS SÓ NO TESTE MESMO. ATÉ AGORA SÓ VI FOTOS DO CARRO E ESCREVI SOBRE OS RELEASES DE FÁBRICCA. E ELES NÃO PUBLICAM A CURVA. VAMOS AGUARDAR O EMPRÉSTIMO E VER NO QUE DÁ, SE VOU À FALÊNCIA...E OU SE MORRO DE TÉDIO, SE FOR O CASO, MAS O MOTORZINHO É BEM MODERNO, COM TODOS OS SENSORES DE BATIDA DE PINO A QUE SE TEM DIREITO.... E UMA COISA, ESSE MOTOR É FLEX...BOTA ÁLCOOL NELE E MUITA COISA MUDA...A GMB NÃO DIZ ISSO PORQUE NO FRIO NÃO VAI PEGAR COM E100, OU E97 COMO SE VENDE POR AQUI.... SEM TANQUINHO... O MALIBU FUNCIONOU COMO UMA SEDA COM ETANOL, MAS ESTAVA A 31 GRAUS.
M

Anônimo disse...

Só medindo mesmo amigos e também em minha opinião não vai adiantar por álcool, ou como o Mahar disse E97, não creio que os bicos já estejam preparados para dar a vazão a mais requerida.
Bem, eu sou da geração “there is no substitute for cubic inches” ou se vc prefere “bigger is better”.
Para mim o motor ideal seria o 3.6 com tudo que puseram no 3.0 e desligando cilindros quando vc não precisa deles.
Em 2008 passei a maior parte do ano nos EUA, lá andava de Nissan Armada V8 com pouco mais 300hp, o consumo médio andando normalmente (bem lá não tem como brincar) era tolerável, algo como 18~19 milhas por galão (algo como 8,5km/l) muito bom para o tamanho do carro.
A propósito, trabalho em uma empresa Americana, e todos os meus amigos ainda têm F150, F250 e Tahoes, e não vêem com bons olhos esta de andar de motorzinho girando alto, esta historia de que até os americanos estão mudando para carros com motores downsized eu acho um exagero.
Bem ate pode ser, mas deve estar acontecendo mais ao norte, porque meus amigos que ainda tem a “southern cross” em algum lugar da casa, nem pensam nisto.
Pudera; eles são do Alabama o que vc queria.
Álvaro Costa

Marcelo Augusto disse...

Pela ficha técnica americana ele é somente gasolina, quando é flexível eles informam, como é o caso do Impala, Suburban etc.

José Rezende - Mahar disse...

MARCELO, COMO O MOTOR É IGUAL AO DO MALIBU, DESCONFIO QUE O QUATRO CILINDROS EVE SER FLEX, MAS VOCÊ TEM UM BOM ARGUMENTO. TKS.
M

Anônimo disse...

Voltei aqui para dizer que já saiu, o que me pareceu ser, o primeiro teste com a Captiva V6 3.0.
Li no VRUM, a nova deixou a impressão de que vai virar CRV na subida e quanto mais pesada estiver pior.
O testador citou que tanto a potencia quanto o torque estão situados em faixas inutilizáveis.
É isto ai, downsizing sem turbo para compensar simplesmente diminui peformance.
Falta uma coisa, vou esperar para ver como e em que circunstacias eles (GM) conseguiram fazer 13km/l na estrada, impossivel a não ser se tiver sido......numa reta plana, sem vento, ao nivel do mar em dia com temperatura baixa, velocidade de 60km/h constante, ar desligado.

Acosta

Marcão disse...

Acabei de comprar uma Captiva V6 3.0. O desempenho em rotações baixas realmente é inferior mas ela ainda anda muito bem.
Tive acesso aos dados de homologação do motor pela norma SAE.
Segue os valores comparativos entre os dois motores.
Rotação Torque 3.6 Potência 3.6 Torque 3.0 Potência 3.0
1000 270 30 216 30
2000 303 80 270 75
3000 342 140 285 125
4000 337 180 290 170
5000 337 230 302 220
6000 303 258 302 250
6500 270 263 285 265
7000 243 258 270 270
7500 205 235 243 257
A tabela não perdeu a formatação, respectivamente as colunas 1 a 5 são rotação, torque 3.6, potencia 3.6, torque 3.0 e potência 3.0.

Não me importo em acelerar, este motor 3.0 gira 7200 RPM e sua real capacidade de acelerar e manter velocidades fica bem claro a partir dos 160Km/h onde os demais carros perdem muito em aceleração devido ao arrasto aerodinamico.

Um abraço a todos.

Marcão