quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

DE CARRO POR AÍ COM O NASSER



End. eletrônico: edita@rnasser.com.br Fax: (61)3225.5511 Coluna 0811 16fev2011



Preço de imóvel, andar de avião. O novo Mercedes CLS 63 AMG


A Mercedes-Benz iniciou vender no Brasil contadas unidades de seu automóvel mais caro, o CLS 63 AMG. Quatro portas, entre-eixos grande, linhas acupezadas iniciadoras deste caminho estético que a Huyndai festeja como seu. Não veja o 63 como referência à cilindrada do motor. Foi, mas o caminho da redução de tamanho e preço resumiu-o em 5.500 cm³ em oito cilindros dispostos em V, com dois turbos, um para cada banco do motor, faz 525 cv de potência. A sigla AMG significa ser de preparo especial na divisão da Daimler, encarregada de criar confiáveis Mercedes com performance superior, sem fricotes de manutenção, uso atrapalhado ou pouco confiabilidade. Não é uma preparadora de motores, mas laboratório dinâmico. Quando você sabe que, em estrada, o CLS 63 AMG é capaz de fazer 10 km/litro, você olha para o seu carrinho com motor 1.0, 1.4 ou 1.6, e se pergunta onde está a justiça neste mundo?


Porquê


É automóvel superlativo, no equilíbrio entre interesse e orgulho tecnológicos, responsabilidade social sobre emissões. Segue regra fenícia de comércio: “não existe a palavra não para cliente”. Quase tudo é permitido.



É para acelerar? Pode. Com a motorização básica, você irá da imobilidade aos 100 km/h em 4,4s. Se acha lento, opte pelo Kit Performance, onde a pressão do turbo sobe de 1 para 1,3 bar, eleva a potencia a 557 cv, e na disputa entre pneus e asfalto, reduz o tempo em um décimo de segundo. Para situar, um carro 1.0 faz isto em 15s e outro 1.6 na casa dos 11, 12s.


É para andar rápido ? Pode. Motor contido é legalmente cortado a 250 km/h. O outro, a 300 km/h, uma exceção legal.


A transmissão é automática, com sete velocidades substitui o conversor de torque por uma embreagem hidráulica. E aí as coisas acontecem.


É para gastar pouco? Pode, além da otimização conseguida pela AMG, ainda há o sistema stop-start, desligando o motor nas paradas.


É para ter segurança ? Carros velozes desenvolveram engenharia reversa – a potência dos freios. A do 63 AMG utiliza enormes discos perfurados e ventilados, com 36 cm de diâmetro. Na versão mais esperta, em cerâmica. Charme inimaginado em sedã grande, as pinças dos freios pintadas em vermelho. Área de contato dos pneus ajuda a parar: 25,5 cm na frente, 28,5 cm atrás. Como sistemas adicionais de segurança, mais de uma dúzia: assistente para ponto cego (ABSA) avisa se há risco de abalroamento em mudança de faixa de rolamento – se o motorista insistir, o ESP, programa automático de estabilidade é acionado, e freia as rodas do lado oposto ao obstáculo, forçando o carro a voltar à pista segura. Também ligado ao ESP está o ALKA age de igual maneira caso o motorista ultrapasse acidentalmente a faixa contínua.


É para ter novidade em almoços de negócios? É. O 63 AMG tem fibra de carbono; capô, porta-malas e portas em alumínio para reduzir peso.


É para falar de luxo discreto? É, o interior é em couro e as aplicações decorativas em verniz negro, com poderoso sistema de som, comandos ao volante, amplas regulagens para todos os assentos. No exterior, luzes em leds, moda atual, caminho de segurança para o futuro, faróis em xênon.


Dúvidas


Com este pacote constitutivo difícil projetar o perfil do comprador. Discreto, seletivo, anda como – aliás anda mais que a maioria – carros ditos esportivos. Mas sempre será um grande sedã preto. Seletivo, seus donos optarão por conduzi-lo, sem motorista, exercício de sentir-se ao comando e ao usufruto de suas vontades.


Allah, clemente e misericordioso, me deu dois amigos e um conhecido, donos da versão anterior, a 55. Um, ex-banqueiro, dirige-o como se fosse um Mille de serviço. E não pode ver um boy xarope olhando feio no sinal para logo exibir a estrela do porta-malas. Outro, ex-campeão em carrinhos nacionais, volta e meia chama a cavalagem ao brio, mas é usuário respeitável. Terceiro, perdi-o. Dispensou o motorista e, sem intimidade com a disposição da tropa, achou uma carreta na estrada - foi identificado pela placa traseira...


O perfil desta pequena renca de compradores será curioso. Serão abonados, gostarão de conduzir e de explicar – ou não - como é um automóvel que, apesar de sovina em consumo e ecologicamente correto em emissões, custa US$ 260 mil – uns R$ 440 mil –, mais que bom imóvel, e faz 300 km/h, mais que pequenos aviões.


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 Mercedes-Benz CLS 63 AMG. Nome, sobrenome, RG. Tremenda barata





Roda-a-Roda

Cereja – A Peugeot aumentará importações do novo e bem lançado 3008. Representa o início de caminho para a marca, boa composição entre a carroceria e a nova geração de motores, 1600 turbo, de projeto BMW, e tem fila para homeopática entrega


Flex – Outro flex dentre os importados. Da Kia, além do Soul, o Sportage.


Pra valer – A Fiat Powertrain, de motores e transmissões para veículos leves da Fiat SpA comprou à Penske Corporation 50% de participação na VM Motori, mais expressivo produtor de motores diesel leves na Itália. Da VM eram os diesel do Jeep Cherokee Sport e picapes Dodge Dakota. Seu trunfo é um novíssimo V6.


Marco – Dia 18, o Dia J, de JAC, assinalará o início desta marca chinesa no país. Representada pelo eng Sérgio Habib, implantador da Citroën, e chegada marcante: inaugura 46 revendas no mesmo dia. Habib fechou a 2ª. maior rede Ford, incorporando os prédios à rede JAC.


Reforço – Para adensar sua presença no mercado, onde já vendeu mais de 100 mil exemplares, o Uno agora é disponível com 2 portas e 10 versões entre motorização 1.0, 1.4, e itens de decoração e confortos.


Adeus – A Mercedes encerrou produzir o CLC, o cupê série C montado em Juiz de Fora, MG, e adéqua instalações para o processo CKD, de montar caminhões em conjuntos importados. Será o Actros, seu pesado e luxuoso. Na prática industrial significa automóveis, nunca mais.


Peso-pesado – O caminhão Trakker 8x4, para trabalhos pesados fora de estrada inicia vendas pela Iveco. Para mineração, vem da Espanha em partes e aqui recebe kits de adequação à escolha dos clientes. Motor Iveco FPT Cursor 13, 420 cv de potência, 1.900 N.m de torque, transmissão automatizada, com caixa ZF Astronic 16 velocidades com intarder. Carga útil de 35.500 kg e PBT técnico de 50.000 kg, capacidade máxima de tração (CMT) de 132 t e, no extremo, a 176 t. Jogo duro.


Novidade – Como a Coluna informou, após 26 anos a Ford apresentará mudanças na cabine do caminhão Cargo. Em março. A Ford Brasil, exportando para a América Latina, alimentando linha de montagem na Venezuela, é a última operação de caminhões da marca no mundo.


Escolha – A Guarda Municipal de Jundiaí, SP, aplicará três unidades do jipão Agrale Marruá na preservação da Reserva Ecológica da Serra do Japi. O Marruá é certificado pelas forças da OTAN, usa motor MWM Sprint 2,8 litros, 140 cv, tração nas quatro rodas, sem marcha reduzida – substituída pela primeira curta.


Elas – Pioneira na contratação de mulheres para operar seus caminhões com entrega urgente, a Braspress busca 39 para se somar às atuais 264. Vagas em várias cidades. Interessada? Fale com a jornalista Denise de Paiva, tels (11) 3429-3262 e 9941-5535, e-mail imprensa.denise@braspress.com.br


Ajuda – Bancada federal mineira ajuda as empresas de recapagem via projeto de lei para retirar a incidência do IPI, reduzir a Contribuição Social sobre Lucro. Tem pressa. Proposta do dep Welinton Prado (PT) em rito conclusivo, dispensa a apreciação pelo Plenário, podendo ir a outras comissões técnicas.


Negócio – Distribuidora procura lojas para implantar Troca Rápida de Óleo Elf com verificação de itens de segurança. Não é franchising, nem pagamento sobre faturamento. Quem tem um elevador automotivo investe R$ 70 mil para instalar, recuperados na margem de lucro dos lubrificantes. A fim? www.trocadeoleorapida.com.br.


Marco – Foi-se o recordista de convívio com o mesmo automóvel. Allen Swift, 102, passou e deixou o Rolls-Royce Picadilly P1 Roadster ganho do pai quando se formou engenheiro em 1928. Impecável, o automóvel, construído em período fugaz nos EUA, tem apenas 170 mil milhas – uns 220 mil km rodados. A história gira. O carro foi construído em Springfield, EUA, e para o museu da cidade voltou.


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 Rolls 1928, recorde de único dono

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Gente - Nilton Monteiro, 61, físico e engenheiro automotivo, novo endereço. OOOO Era gerente da Abeiva, associação dos importadores, será diretor executivo da AEA, de engenheiros automobilísticos. OOOO Larga experiência na Ford. OOOO Vida empresarial é curiosa. Companhia investe 35 anos formando um profissional e o dispensa em fase de conhecimento, visão e vontade. OOOO A Iveco tem aproveitado excelentes aposentados pela concorrência. OOOO.

Um comentário:

Antonio C. Jr. disse...

Sacanagem!
Cadê a resposta para a postagem das fotos dos carrões antigos?!!