sábado, 4 de dezembro de 2010

DE CARRO POR AÍ COM O NASSER




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Coluna 4910 01dez2010


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Bravo, o topo da linha Fiat


Quem pensava que, para a Fiat, a mais confortável rolagem entre seus produtos era a do Linea, mais elegante dos sedãs nacionais, mude seu pensar.É o Bravo, atualização do Stilo.
Maiores distância entre eixos e largura, o Stilo teve boas vendas, liderou o segmento, fez clientela fiel por consequente conforto de rolagem, boa ambiência e sensações. Na Itália foi substituído há três anos, mas aqui a atualização demorou. Razão simples: no Brasil a Fiat tem posição ímpar em toda a secular história da Fiat SPA: há quase uma década lidera vendas no Continente; dá o maior lucro da Corporação; e devia atualizar a linha de produtos, em especial o Uno, grande incógnita, agora grande sucesso de vendas. A prioridade dos outros produtos delongou o prazo.


Estética


É feliz em estilo, harmonioso, sugerindo dinamismo com linhas ascendentes, o belo traço entre vidro posterior e a traseira, inspirado nos marcantes italianos esportivos dos anos 50, a combinação com o grupo óptico. Porém, a grade frontal deixou a inspiração ferrarista, lembrando o Marea e sua gradinha envergonhada. Deveria ser mais impositiva.


Dentro


Salvo erro histórico, os norte-americanos, ingleses, franceses, alemães, e os de olhos puxados nunca fabricaram bigas e quadrigas à época em que o povo romano se divertia no Coliseu nas, a seu ver, equilibradas disputas entre cristãos e leões. Esta milenar habilidade no criar veículos terá influenciado, de alguma maneira, a escola italiana de design e formulação, ou, na prática, de veículos com tanto dentro e pouco fora. O Bravo é competente nesta administração, com ambiência interna de ótimas sensações e ambientação, comandos, tudo fácil e acessível.






Mecânica


Sorte, me disse um dos meus gurus, o jornalista potiguar Fernando Siqueira, é estar preparado para o que vai acontecer. No caso, a Fiat pulou com garra sobre a prevista venda da fábrica da Tritec, negócio paranaense de exportar motores entre BMW e Mercedes. Nova, motores novos, tudo para o grande salto. Outra interessada, de imperial empáfia, foi pedir incentivos estaduais, perdeu o negócio.


0 1.8 16V, de conceitos novos, pouca massa suspensa, baixo atrito, une grandezas inconciliáveis em outros motores, como boa potência e, melhor, muito torque em baixas rotações. No uso, arrancadas fortes, disposição para andar em marchas altas, fazer retornos em terceira marcha, gastar pouco. Abandonou o recém desenvolvido 1.9, cancelou a compra dos 1.8 de origem GM, deu salto qualitativo nos produtos maiores.
No Bravo o 1.8 gera 130 cv de potência e 17 kgfm de torque a 2250 rpm – às 4.500 rpm vai a 18,5 com gasolina e 18,9 álcool.
Transmissão mecânica, 5 velocidades. Há a opção Dualogic, caixa eletrônica-hidráulica desenvolvida pela MagnetiMareli, passa as marchas ou permite mudá-las. O motor lidera os Fiat. Vai de O a 100 km/h em 10s e crava 191 km/hora.
Opção viril é o TJet. Importado, 1.4, 16V, turbo alimentado, produz 152 cv a contidas 5.500 rpm, 21,1 kgfm de torque. Vem com Overbooster, desvio de fluxo dos gases, aumentando o torque em 10% - 23 kgfm a 3.000 rpm. A Mitsubishi nacional aplicou tal adjutório há anos para compensar a idade da motorização, e se deu bem. Se você é sem compromisso com sensações ao conduzir, faça um test-drive e perceberá a injeção de torque.
No conjunto, transmissão de 6 velocidades. Acelera da imobilidade aos 100 km em 8,7s e crava 207 km/h de velocidade de pico.
Freios a disco nas quatro rodas, suspensão dianteira Mc Pherson e traseira semi independente, direção por pinhão e cremalheira.


Conteúdo


Fácil perceber o interesse da Fiat em fazer o Bravo ampliar a liderança pelo incremento com acessórios de conforto, eletrônica e segurança. Versão de entrada, Essence é bem composta: ar condicionado, direção elétrica com função City – que a amacia para as balizas, faróis de neblina acendendo no lado das curvas apertadas, vidros elétricos um toque e anti esmagamento, tampa de combustível aberta eletricamente, duas almofadas de ar. Dualogic cresce o pacote: ABS, ar condicionado automático com duas zonas de temperatura, comandos de som sob o volante revestido, teto solar elétrico, rebatimento elétrico dos espelhos, logo traseiro abrindo o porta-malas.


Absolute, no topo, inclui maçanetas externas iluminadas, sensor traseiro de estacionamento. Com Dualogic, sensores de pressão dos pneus, crepuscular, chuva, almofadas de ar laterais, joelho e cortina.
Versão R$
Essence 55.200                   
  +Dualogic 57.800  
Absolute 62.250                  
+Dualogic 65.200

TJet 67.700
              ( valores sugeridos, negociáveis. Concorrente maior é o i30 Hyundai, mas a Fiat conta com a vantagem de garantir assistência técnica e peças, um dos abismos criados neste país pela representação desta coreana. Ampla lista de opcionais, de faróis de xenônio, GPS ... )



 Bravo, elegante, confortável, bem equipado


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Roda-a-Roda


Definição – Acabou o mistério. O Etios será produzido em Sorocaba, SP, nova fábrica da Toyota. É espécie de Prius – antes cotado para produção local – simplificado. Motores 1.3 e 1.5. Conteúdo dependerá do concorrente Honda Brio.







Etios, Toyota mais barato ...









O outro – No Brasil Toyota e Honda competem entre si. No caso, como a Toyota fará carro para emergentes, a Honda seguirá com o Brio – nome registrado pela Fiat. Pequeno, simples, motor 1.4, será feito em Sumaré,
SP, na área aberta pelo envio da produção de Fit e City para a Argentina.

  

... Concorrente do Brio, Honda de menor preço.





Tecnologia – A FPT apresentou nova transmissão com duas embreagens secas, três eixos, seis marchas, ré sincronizada. Opera como automática. Pelos três eixos, sem depósito hidráulico para a embreagem, reduz volume e peso. Fácil aumentar número de marchas.


Prêmio – Fabricantes e importadores no usual ficam ansiosos, buscam láurea nos júris de jornalistas, voltados à escolha de veículo do ano.


Pelo contrário – Mas de um todos fogem, o Pinóquio de Ouro, do cadernoVeículos do jornal Estado de Minas, à marca mais mentirosa. Neste ano, disparada, a Hyundai, por informações torcidas. Anunciou o ix 35 como Carro do Ano pela revista Autoesporte. Mas o legítimo foi o concorrente Kia Sportage.


Camaro – O Camaro é a cereja aplicada pela GM em seu bolo de produtos, de ingredientes antigos. Chassi Opel, acertado na Holden, motor norte-americano, V8 6.2, 406 cv. Agrada em performance. Caro: R$ 185 mil. Importadores, com operação mais cara, vendiam a R$ 140 mil.


Afinação – Com custos inflados pelos impostos da importação do Canadá, a Ford aposta na reformulação do crossover Edge e na redução de preço a R$ 120 mil, versão de entrada.


Investimentos – Iveco e Codemig, estatal mineira, farão pólo industrial para a fábrica de caminhões em Sete Lagoas, MG. Ao governo, infra estrutura na fazenda de 50 alqueires onde está a fábrica. Começa em dois alqueires – uns 95 mil m2 –, terá 14 fornecedores, aplicando conjuntos diretamente na linha de produção.


... II – No jantar de fim de ano com a imprensa, próxima 2ª. feira, o presidente da Volkswagen deve anunciar investimentos com lucro local: além dos motores e transmissões informados pela Coluna edição passada, fará carro menor. A corporação quer ser a maior do mundo.


Porquê – O caminho aberto pela Renault com o Logan na Europa, focando compradores dos usados, será alargado no Brasil. Todas as montadoras planejam carros pequenos, e grande expansão de mercado nas classes C e D.


E - Falta combinar com urbanistas, prefeitos, autoridades e, em especial, com sociedade em geral, onde circulará e estacionará tal frota.


Ajuste – Anúncios dúbios, condições ilegíveis, foto de versão diversa da promovida, financiamentos e juros sem exibir o total, estão proibidos por Termo de Ajuste de Conduta firmado pelo Ministério Público de 15 Estados, fabricantes e importadores. Ligue-se www.mp.pr.gov.br/arquivos/file/TCMontadoras.pdf.


Pânico – Começou o horror industrial: importações superam exportações; a origem dos carros das montadoras nacionais está cada vez mais fora do país. Na prática o Brasil se desindustrializa.


Competitividade – Em automóveis ficamos confortáveis com os acordos comerciais, seus carros sem impostos, os 35% de imposto alfandegário, barrando a competição, aumentando lucros locais. Imposto é subsídio à incompetência interna. Deter e reverter este quadro exigirá ministro do ramo. E no usual a carruagem do poder não trilha este caminho ....


Amigos – Domingo, encerramento da Fórmula Truck, em Brasília, e Stock Car em Curitiba, e prova sul americana de relevo, as “6 Horas de Bogotá”, Colômbia. Marca a volta, pós acidente, do mexicano Memo Rojas Jr, campeão da Rolex Sports Car Series, em trio com Sebastián Saavedra, colombiano, e Ernesto Viso, da Venezuela, em Ferrari 430, vencedor da prova 2009. No Autódromo de Tocancipá largarão 65 veículos.


Livro – Holandês Paul Schilperhoord juntou documentos, entrevistas e em livro contesta a paternidade do Volkswagen por Ferdinand Porsche. Pelas informações e desenhos, herr Porsche apenas afinou os conceitos antes publicados, patenteados, e os carros construídos pelo criativo engenheiro alemão Joseph Ganz.


História ... – E porque o inventor não levou as glórias do projeto ? Era judeu em meio ao nascimento do nazismo. História é a versão do vencedor. Da Editora Alaúde, alentado em dados e ilustrações, instigador, a R$ 49,90. Vale mais. www.alaude.com.br
Engenheiros, técnicos, quem gosta de história, todos se deliciarão.


Fusca é coisa de judeu, diz o livro com provas e dados


















Gente - Marco Antonio Lage, diretor de relações externas da Fiat premiado Personalidade de Comunicação do Ano/MG e Centro-Oeste pela Aberje.OOOO Gere com elegância e proficiência a imagem da empresa OOOO Renato Luti, jornalista, 64, deixou a assessoria da JAC, marca chinesa representada pelo grupo SHC. Usará a larga experiência para consultoria.OOOO Jorge Meditsch, 60, jornalista, refeito. OOOO Susto clínico, diagnóstico impreciso. OOOO






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